Acompanhado de embaixadores, senadores e representantes de ministérios, vice-presidente Mourão chega ao Norte

A Amazônia Oriental recebe, nesta quarta-feira (08), no Estado do Pará, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRBT), que estará acompanhado de 11 embaixadores, dois senadores e representantes de pelo menos cinco ministérios. O vice viaja na condição de presidente da Conselho Nacional da Amazônia Legal e sua visita segue o modelo da última viagem com chanceleres, em 2020.

De acordo com a assessoria da vice-presidência, Mourão pretende mostrar os problemas ambientais da região. O roteiro inclui os municípios paraenses Parauapebas, Carajás, Altamira, Medicilândia e Belém. Integrarão a comitiva os representantes de Japão, Espanha, União Europeia, Angola, Paraguai, França, Índia, Uruguai, Reino Unido, Suíça e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Também integrarão a comitiva os senadores Nelsinho Trad (PSB-MS) e Kátia Abreu (PP-TO). Os seguintes ministérios também enviarão, segundo a nota, representantes: Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Ao fim da 6ª reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, em 24 de agosto, Mourão, que também preside o colegiado, disse que os embaixadores terão a oportunidade de ver o “real problema” da floresta durante a viagem. A ida é uma iniciativa do conselho. “No ano passado, nós levamos os embaixadores à Amazônia Ocidental. A Amazônia Ocidental, em grande parte, 90% ou 95% preservada. Agora vamos levar na Amazônia Oriental, onde se encontram realmente os maiores problemas”, disse o general.

De acordo com o vice-presidente, os embaixadores poderão analisar o terreno para entender como funciona a Amazônia. “Vão ter condições de avaliar efetivamente, olhando o terreno, o que acontece e o que deixa de acontecer”, declarou.

“O que nós pretendemos mostrar: um projeto de mineração correto e uma área que não está correta. Mostrar os trabalhos de pesquisa e de inovação que são feitos com base nos institutos que temos na região de Belém do Pará. Assim como também vão visitar áreas de madeireiras ali na região de Santarém e vão ver madeireira que está ok e madeireira que não está ok”, explicou o vice-presidente.

A ida de Mourão à Amazônia acontece poucos dias depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o próprio Mourão e alguns ministros terem feito várias declarações criticando a visão que países do exterior têm do Brasil quanto ao meio ambiente. Durante o seminário sobre ações estratégicas para a defesa dos interesses nacionais na questão ambiental, promovido pelo Instituto General Villas, no dia 25 de agosto, Mourão disse: “Quando a gente vê discursos de líderes de outros países se referindo a problemas da Amazônia, é uma forma de intervenção. O seguinte passo é a propaganda, como nós vemos acontecer hoje na comunidade internacional, uma propaganda negativa em relação àquilo que é a realidade na Amazônia brasileira”.

Uma das medidas adotadas pelos órgãos envolvidos na viagem foi a realização de testes de detecção do coronavírus. “Todos os integrantes da comitiva realizaram testes de detecção do coronavírus, e serão respeitados os protocolos de prevenção à Covid-19, conforme as orientações das autoridades de saúde”, informou a nota.

A última viagem com embaixadores foi realizada em novembro de 2020 (dos dias 4 a 6) e incluiu visitas a Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Maturacá, no Amazonas. Compuseram a comitiva: África do Sul, Espanha, Peru, Colômbia, Canadá, Suécia, Alemanha, Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), União Europeia, Reino Unido, França e Portugal.
A visita foi organizada após oito países europeus enviarem carta a Hamilton Mourão afirmando que a alta do desmatamento passava uma má impressão e dificultava a compra de produtos brasileiros por parte dos consumidores do continente.

Nos bastidores, a repercussão da viagem foi negativa. O entendimento era de que o mundo todo tem acesso às imagens de satélite que mostram o que está acontecendo na Amazônia e no Pantanal, por exemplo. E o impacto da devastação não seria apagado com um passeio em trechos preservados.

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