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Acreanas Marina e Perpétua lideram pedido de cassação de Bolsonaro: “Ordenamento jurídico”

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Marina e Perpétua já pertenceram ao mesmo grupo político: a Frente Popular do Acre. Foto: Reprodução/Estadão

Duas políticas do Acre, Perpétua Almeida, atual deputada federal (PCdoB) e Marina Silva (REDE), ex-senadora e ex-ministra –, estão entre as lideranças políticas de oposição ao governo federal que defendem abertamente o impeachment do presidente Jair Bolsonaro em função de seus discursos e ações nas manifestações do último 7 de Setembro. As duas, em suas redes sociais, não têm poupado Bolsonaro de ataques.

“Quem Bolsonaro acha que engana? Diante de seus seguidores fez ameaças ao STF e ao mesmo tempo afirmou que age em nome do respeito à Constituição”, escreveu Marina Silva. “Definitivamente, não entende de democracia. Entende de golpes. Respeito à Constituição e Bolsonaro não combinam”, afirmou.

Marina Silva também fez referência ao pronunciamento do residente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, no dia seguinte às manifestações de 7 de Setembro. “O STF foi o Poder da República que mais atacado nas manifestações antidemocráticas do Sete de Setembro foi proferido em meio a uma grande expectativa. Garantindo o direito de manifestação, o ministro Luiz Fux fez sua fala na abertura da sessão do STF apontando várias modalidades de crimes praticados contra os Poderes constituídos no conteúdo das mensagens veiculadas na manifestação, inclusive o crime de responsabilidade praticado pelo Presidente da República”.

A seguir, reafirmou que “ninguém vai fechar esta Corte” e que o Poder Judiciário não vai tolerar desrespeito à autoridade das decisões judiciais. Na parte final, convida as autoridades dos três Poderes da República a se ocuparem dos problemas que a população está passando e enumerou a pandemia, o desemprego e a inflação”, acrescentou Marina Silva.

Segundo ela, “mais uma vez os atos criminosos do presidente Bolsonaro são endereçados à Câmara dos Deputados, no momento presidida por Arthur Lira. Agora o país espera que todo seu ordenamento jurídico, expressão da construção civilizacional de nossa sociedade, seja defendido e quem o agrediu seja responsabilizado na medida do dano causado. O deputado Lira também precisa agir à altura do que o momento histórico requer daquele que preside a casa do Congresso que, de acordo com nossa Constituição, representa os interesses da sociedade. Na atual conjuntura, encaminhar a abertura do processo de impeachment é parte essencial de suas responsabilidades”.

Perpétua Almeida tem a mesma opinião da ex-colega de Congresso Nacional. Em sua conta no Twitter, ela escreveu: “Ainda há tempo de tirar o fora-da-lei que ocupa a Presidência da República”, disse. “O Brasil precisa de paz. Só teremos paz com comida na mesa dos brasileiros, retomada do emprego e da renda, redução no preço da gasolina, do gás de cozinha e da conta a luz. Bolsonaro se alimentar do caos”, acrescentou.

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