Apenas este ano, arroz e feijão ficam mais de 60% mais caros, diz levantamento

O prato mais tradicional da mesa dos brasileiros – arroz, feijão, carne, ovo, batata frita e salada – está, em média, 23% mais no país, divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em boletim desta quarta-feira (29). Os vilões desta alta são o arroz e o feijão.

A conta considera as variações até março de 2021 capturadas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela FGV. O arroz subiu em média 61%, e o feijão, 69%, no caso do feijão preto. O feijão carioca, por sua vez, subiu 20%.

As carnes também não estão ajudando muito: a alta nos preços das carnes bovinas foi de 27,2% e do frango, de 13,9%. O ovo está 10% mais caro que há um ano. A batata subiu 19% e a cebola, 40%. O único alívio vem tomate, que apresenta queda de 24%.

Muitos alimentos marcam, desde o ano passado, altas e preços recordes nas prateleiras dos supermercados. O resultado é que o custo de comprar comida para a casa está subindo bem mais que a inflação total: o IPC geral teve alta de 6,1% nos 12 meses, considerando dados de até março.

A explicação passa pelo aumento das exportações desses alimentos – o dólar alto estimula as vendas para fora e deixa os produtos ainda mais caros em reais. “Esse movimento do câmbio induz um aumento nas exportações, sobretudo dos cereais e das carnes, favorecendo a redução da oferta interna e pressionando os preços”, disse o pesquisador da FGV, Matheus Peçanha, no boletim. Ele avalia que a escalada de preços foi acentuada nos últimos anos com a desvalorização do real frente ao dólar.

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