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Carteiros no AC entregam encomendas com veículos particulares após redução de distritos postais, diz sindicato

Por ASCOM

Foto: ascom

O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) denunciará a redução dos distritos postais motorizados, dificultando a prestação do serviço. Para não deixar a população desassistida e para não percorrer grandes distâncias a pé ou de bicicleta, carteiros estão utilizando os veículos próprios para realizarem o transporte de encomendas que deveria chegar por meio de entregas feitas por motocicletas ou carros da empresa.

Em situação flagrada em Xapuri, o trabalhador usa a própria BIZ para levar pacotes que deveriam ser transportados em carros devido ao tamanho do volume. No atual plano, as cartas são deixadas de lado, resultando em atrasos e no agravamento das condições de trabalho.

“A gestão dos Correios está reduzindo os distritos motorizados por conta própria, sem planejamento responsável, colocando o pessoal para atuar de bicicleta ou a pé, com isso, os empregados, devido a dificuldade e a distância, acabam se submetendo, utilizando o veículo próprio para percorrer longas distâncias, mas não é por falta de dinheiro, porque, ano passado, a estatal lucrou mais de R$ 1,5 bilhão. É uma opção do gestor de enxugar a máquina para privatizar, e isso impacta no serviço”, explicou a presidente do Sintect-AC, Suzy Cristiny.

Segundo o vice-presidente do Sindicato, Cleyton Nogueira, a situação vivida no interior tem o objetivo de deixar a população descontente com os serviços para apoiar a venda dos Correios.

“É um total descaso com o trabalhador e com a comunidade dos serviços, buscando manipular a opinião do povo. É uma empresa centenária, que dá lucro, mas, para motivar a privatização, se recusam em oferecer atendimento merecido para a população”, protestou o sindicalista.

O Sindicato e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) lutam em Brasília para mostrar aos políticos que a situação vivida dentro da empresa é artificialmente criada para reforçar a necessidade de venda.

“Enquanto a administração cria os problemas, a população sofre e ainda culpa os trabalhadores, mas os funcionários estão dando sangue para atender bem o cliente”, finalizou Cleyton.

Enquanto as cidades crescem e o número de encomendas só aumenta, a empresa vem realizando a redução de distritos, a demissão de trabalhadores. A última contratação por meio de concurso foi realizada em 2013, deixando o quadro defasado e a população descontente.

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