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Com milhares de ocorrências, Inpe diz que AC lidera focos de incêndios no país

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Até a primeira semana do mês, cerca de 5.302,61 km² de floresta já foram desmatados na Amazônia Legal. — Foto: Andre Penner/AP

Dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), sediado em Manaus (AM) e que faz o monitoramento ambiental da região amazônica, revela que o Acre está no topo da lista do país em relação às queimadas urbanas. A primeira semana do mês de setembro, de 1º ao dia 8, o Acre registrou 1.125 focos de queimadas.

De acordo com o INPE, o número é o maior entre os todos os estados brasileiros, no período avaliado. Do total registrado no Estado, 577 focos ocorreram apenas nos primeiros dias de setembro. Ao todo, entre janeiro e setembro, o Acre tem um acumulado de 4.838 focos de queimadas. No mesmo período do ano passado o número era de 4.833 focos.

O que está acontecendo em setembro obedece uma tendência do mês de agosto, que foi o segundo maior para o mês em 11 anos. Com o número geral registrado este ano (4.838 focos), o estado acreano está entre os 10 do país com mais focos de queimadas em 2021. Mato Grosso lidera o ranking com 14.958 focos.

O levantamento mostra também um aumento de 61% entre 1º a 8 de agosto e o mesmo período de setembro. Em agosto foram registrados 698 focos de queimadas no estado acreano e setembro 1.125.

O estudo mostra ainda as dez cidades brasileiras com mais focos acumulados entre 1º e 8 de setembro. Quatro dessas cidades são acreanas. São elas:

– Feijó – 229
– Sena Madureira – 150
– Tarauacá – 117
– Rio Branco – 115

“Isso é constatado até visivelmente. Quando a gente viaja de carro de Rio Branco rumo ao Juruá, é fácil perceber que a região que mais queima é aquela entre Sena Madureira e Feijó. Neste último município, o cenário é de guerra, com tantos incêndios”, disse o presidente do Imac (Instituto de Meio Ambiente do Acre), André Hassem.

“Nós fazemos nossa parte, multando quem é flagrado causando incêndios. Mas é necessário que a população ajude. Ao que tudo indica, nessas regiões as pessoas têm uma cultura de promover a limpeza de suas áreas com o fogo, o que é a causa de tantos focos de incêndio”, disse.

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