A Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas (FVS-RCP) publicou, na noite desta quarta-feira (1º), um comunicado com orientações quanto às restrições do consumo de pescado extrativo (oriundo de lagos e rios) no município de Itacoatiara (AM) pelos próximos 15 dias.
A medida visa conter a proliferação da rabdomiólise na região, síndrome associada à Doença de Haff, conhecida como “doença da urina preta”. Até a noite desta quarta-feira, 52 casos já haviam sido confirmados em todo o Amazonas.
O comunicado informa que, devido às evidências de casos de rabdomiólise relacionados a ingestão de pescados, a FVS orienta a população de Itacoatiara a restrição temporária do consumo dos peixes Pirapitinga, Pacu e Tambaqui, de origem de pesca em rios e lagos, sendo essas as espécies que podem estar associadas ao aumento de casos.
O documento esclarece, ainda, que o pescado com origem de criadores em tanques de piscicultura não está associado aos casos da doença, além de outras espécies de peixes encontrados nas bacias de rios e lagos da região.
A recomendação para os demais municípios é de alertar a rede de saúde para a identificação de possíveis novos casos e orientar a população quanto aos sinais e sintomas da doença.
Segundo o documento, até esta quarta, foram notificados 52 casos de rabdomiólise, sendo 36 casos em Itacoatiara, 2 em Manaus, 1 em Autazes, 1 em Caapiranga, 4 em Silves, 3 em Parintins, 4 em Borba e 1 em Maués, além de 1 óbito de uma pessoa residente no município de Itacoatiara.
O Governo do Estado, por meio da FVS-RCP, montou uma comitiva com especialistas que atuam em diferentes órgãos do estado para se deslocar até o município de Itacoatiara, nesta quinta-feira (2), com o objetivo de investigar mais a fundo as possíveis causas e formas de combater o surto de rabdomiólise, detectado recentemente no estado.