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“Mainha, volto ainda hoje, tá?”: veja últimas mensagens de garota morta por amigos

Por METRÓPOLES

Reprodução

Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, estava feliz e sorridente, quando contou para a mãe em um áudio de WhatsApp, no dia 24/8, em Goiânia, que sairia com as amigas para lanchar e que elas passariam de carro para pegá-la.

Ouça o áudio:

Tudo, no entanto, fazia parte de um plano de emboscada para assassiná-la. Ela foi atraída por aqueles que se diziam amigos e acabou morta a facadas e esganada dentro do veículo. O corpo da jovem foi encontrado no dia 31/8, em uma área de mata no Setor Jaó, bairro nobre da capital.

“Ariane, cadê você?”

Sem notícia da filha, às 23h15, Eliane mandou mensagens perguntando que horas ela chegaria em casa. Nesse horário, a jovem já não respondia mais. Estava morta.

No dia seguinte, a mãe acordou e preocupou-se ao ver que Ariane ainda não havia chegado em casa, tampouco respondido a mensagem enviada na noite anterior. Às 7h48, Eliane perguntou: “Ariane, cadê você?”.

Essa pergunta ficou sem resposta entre os dias 24/8 e 31/8, quando a jovem foi dada como desaparecida. O corpo de Ariane só foi encontrado, porque moradores próximos ao local acionaram a polícia ao sentirem forte odor vindo da mata. Ele já estava em estágio avançado de decomposição e foi identificado por meio das impressões digitais.

“Ainda não acredito no que aconteceu”

De acordo com a investigação da Polícia Civil de Goiás (PCGO), Ariane foi assassinada por três pessoas: Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, Enzo Jacomini Carneiro Matos, que é uma jovem transexual de 18 anos e que se apresenta como Freya, e Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22.

Eles atraíram a vítima como se ela fosse a um passeio, com tudo já armado para o cometimento do crime. Ariane foi morta, conforme o relato dos presos, porque uma das envolvidas (Raíssa) queria matar alguém para se testar e saber se era ou não psicopata. Ela desejava saber como seria a própria reação, após matar alguém. Se sentiria culpa ou não.

O motivo chocou ainda mais a mãe de Ariane, que diz não acreditar no que aconteceu. “Até hoje, eu não acredito que ela morreu. Eu vejo que ela não está mais em casa comigo, mas parece que eu ainda saio procurando por ela, com esse sentimento, sabe, de procurar, como se ela estivesse viva”, descreve Eliane.

Ariane era filha única, sonhava em ser médica veterinária e amava encontrar os amigos na pista de skate do Setor Coimbra, em Goiânia. Era lá que ela costumava encontrar Freya e os outros conhecidos.

Investigação

A elucidação do crime começou pela identificação do carro que fez o transporte do corpo da jovem até o Setor Jaó. Com as características e dados do veículo em mãos, a polícia chegou ao nome de Jeferson, proprietário do veículo.

Um mandado de busca e apreensão na casa dele foi expedido pela Justiça e, no local, foram encontradas as roupas que ele usou no dia do homicídio e a faca utilizada para matar Ariane. Tudo, com resquícios de sangue da jovem, posteriormente confirmados pela perícia.

A partir dele, a polícia chegou aos nomes das duas jovens envolvidas no plano (Raíssa e Freya). Na delegacia, elas confessaram o crime e relataram como tudo foi planejado.

O nome de Ariane saiu de uma lista com três nomes de potenciais vítimas. Eles estavam decididos em cometer o crime e escolheram a jovem, devido à baixa estatura. Eles calcularam que, em caso de reação, seria fácil de controlá-la.

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