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MPAC e prefeitura discutem aumento de pessoas em situação de rua na Capital

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Órgãos como o MPAC e Prefeitura estão preocupados. Foto: Reprodução

O aumento do número de pessoas em situação de rua na Capital e em outros municípios do interior do Acre é motivo de preocupação de várias autoridades estaduais e municipais envolvidas com direitos humanos e proteção. Diversos órgãos têm revelado que aumentou o número de pessoas vivendo nas ruas da Capital, principalmente após a eclosão da pandemia do coronavirus, quando muitas pessoas, sem trabalho e alternativa para fugir da crise econômica, acabaram perdendo o pouco que tinham.

Também aumentou o número de pessoas com visíveis sinais de distúrbios mentais, por causa do abuso de drogas como álcool e entorpecentes, o que levou profissionais de saúde a ficarem em estado de alerta. Neste sentido, na semana que passou, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio da Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, promoveu reunião para discutir o acolhimento de pessoas em situação de rua pelo sistema de saúde em Rio Branco.

Participaram do encontro a promotora de Justiça Patrícia Paula dos Santos, o coordenador do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), Fabio Fabrício, a gerente-geral do Pronto Socorro do Acre, Carolina Pinho, a diretora da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), Rila Frezi, além de representantes do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop).

Em nome da Prefeitura de Rio Branco, Frezi pediu intensificação das parcerias com outros órgãos, para melhorar o atendimento às pessoas. “Nós trouxemos aqui a questão do melhor acolhimento dentro do PS, então viemos pedir esse apoio para que o atendimento seja realizado da melhor forma e de uma maneira humanizada”, afirmou Rila Frezi.

A gerente do Pronto Socorro Carolina Pinho falou da importância da interação com a rede de saúde, para um melhor suporte aos usuários do hospital. “Essa questão das pessoas em situação de rua é muito delicada e pede um olhar mais aguçado. A gente pretende caminhar junto para melhorar todo nosso suporte”, explicou Carolina.

Já o coordenador do Natera, Fabio Fabrício, reiterou a necessidade do trabalho em conjunto para aprimorar o modo como o sistema de saúde acolhe a população em situação de vulnerabilidade social. “Encontros como este são de fundamental importância para pôr luzes aos principais desafios ao atendimento de pessoas em situação de rua. É um atendimento que exige estratégia diferenciada e uma sensibilidade diferenciada por parte dos agentes de saúde”, disse.

A promotora Patrícia Paula conduziu o diálogo e fez um balanço positivo do encontro. “Nossa reunião teve como objetivo nos alinharmos para que o morador de rua tenha sua dignidade como pessoa respeitada. A reunião foi muito frutífera e saímos daqui com um único objetivo, que é a atenção a todos, inclusive as pessoas em situação de rua”, afirmou.

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