O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em um pronunciamento realizado nesta quarta-feira (8/9), comentou as manifestações de 7 de Setembro e as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Lira disse que a Câmara “tem compromisso com o Brasil real” e servirá como uma “ponte de pacificação” entre os poderes Judiciário e Executivo. “Nunca faltamos para com os brasileiros.
“A Câmara não parou diante de crises que só fazem o Brasil perder tempo, perder vidas e perder oportunidades de progredir, de ser mais justo e de construir uma nação melhor para todos.”, disse.
Sem citar o nome do presidente, Lira reclamou da volta, por parte do presidente, do assunto do voto impresso.
“Conversarei com todos e com todos os poderes. É hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo.”, disse Lira.
Mas deixou claro que vai se manter nas regras do jogo: “Nossa Constituição não será rasgada”.
“A Câmara dos Deputados apresenta-se hoje como um motor de pacificação. Na discórdia, todos perdem, mas o Brasil e a nossa história tem ainda mais o que perder. Nosso país foi construído com união e solidariedade e não há receita para superar a grave crise socioeconômica sem estes elementos”.
“Esta Casa tem prerrogativas que seguem vivas e quer seguir votando e aprovando o que é de interesse público. E estende a mão aos demais Poderes para que se voltem para o trabalho, encerrando desentendimentos.
Por fim, vale lembrar que temos a nossa Constituição, que jamais será rasgada. O único compromisso inadiável e inquestionável que temos em nosso calendário está marcado para 3 de outubro de 2022. Com as urnas eletrônicas. São nas cabines eleitorais, com sigilo e segurança, que o povo expressa sua soberania”, disse o presidente da Câmara.
Veja o discurso: