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Petista analisa os mil dias do Governo Gladson Cameli com lupa do atraso

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Cesário Braga, presidente do PT no Acre. Foto: Reprodução

Com saudades dos tempos em que erm homem forte dos governos da Frente Popular do Acre (FPA), quando mandava e desmanava no Estado, o atual presidente regional do PT, Césario Braga, manifestou-se, nesta segunda-feira (27), sobre os mil dias do governo Gladson Cameli. “Dinheiro tem, o que falta é gestão”, lembrou o militante ao citar frase da campanha do então candidato que derrotou os 20 anos de governos petistas e pôs fim ás facilidades das quais os militantes de esquerda tanto sentem falta.

De acordo com Cesário Braga, aquela frase foi o eixo central da campanha vitoriosa do atual governador do Acre. Segundo ele, os mil dias de Glason Cameli como governador se resumem à “memes, dancinhas e mentiras proferidas por onde anda, nesses 1.000 dias”. Gladson, acrescenta, “demostrou o total despreparo para governar. Sem resultados para comemorar, amarga um governo marcado pela inércia, descaso com o serviço e servidores públicos e por escândalos de corrupção, operações e investigações”.

O militante, no entanto, parece desconhecer que o Acre, como de resto o Brasil e o mundo. Bvibe4u a maior pandemia da história da humanidade, a qual, no estado, está prestes a chegar a 1900 mortes, as quais, só não foram maiores, face à atitude do governador, que em nenhuma momento tergiversou em relação à busca por vacinas e pelo combate sistemático à doença.

O militante Cesário Braga critica a fata de obras de infraestrutura e a manutenção de estradas, como a BR-364, que liga a Capital Rio Branco ao Vale do Juruá, uma obra que em 20 anos de governos petistas gastou recursos superiores a R$ 1 bilhão com serviços e qualidade duvidosa e que são objetos de ações de investigação por suspeitas de corrupção, com as lideranças do petistas arroladas como envolvidas nos crimes. “Na zona rural, não estão sendo realizadas (obras). Na zona rural, os pequenos produtores estão jogados a própria sorte, sem ramais, sem assistência técnica ou políticas de mecanização da terra”, diz o petista, como se, nos governos de seu Partido, os produtores rurais tivessem vivido num mar de rosas.

“Os servidores públicos vivem a defasagem salarial, que não acompanha sequer a inflação, estão sobrecarregados pela falta de contratação de novos profissionais (nem para a reposição dos que estão se aposentando). E mesmo com as constantes greves e paralisações, não conseguem um diálogo efetivo com o governo. Sem falar na reforma da previdência estadual que prorrogou o tempo de contribuição de todos”, disse Braga, sem atentar que foram os funcionários públicos, descontentes com as gestões petistas que decretaram a derrota de seus candidatos em 2018, varrendo do mapa político senador, candidato a governador, deputados federais e estaduais. .

De acordo com o militante petista, na administração, as principais notícias foram as prisões do diretor presidente do DEPASA, Sebastião Fonseca, e do diretor financeiro, irmão do senador Márcio Bittar (MDB), Edson Siqueira – ambos acusados de desvios de recursos públicos. Além escândalo com o secretário adjunto de Educação, Márcio Mourão, indiciado por associação criminosa, falsidade ideológica e fraude em licitação pública na investigação de superfaturamento de computadores da Secretaria Estadual de Educação.

Neste quesito, Braga também faz questão de esquecer que, no governo Tião Viana, gestores do mesmo Depasa e empresários amargaram prisões por denúncias de corrupção.

“Isso tudo sem falar nas inúmeras investigações em curso, como a compra de livros didáticos que são fornecidos pelo MEC, as investigações nos recursos do covid-19 e na SESACRE, a operação para averiguar supostas irregularidades no Iapen, às centenas de dispensas de licitação, caronas e mais caronas para provimento de serviços, o favorecimento das empresas de Manaus e o possível escândalo de compra de precatórios, que ronda todos os bastidores da política acreana e que pode envolver diretamente o Palácio”, acrescentou o petista.

“São 1.000 dias, tempo mais do que suficiente para avaliar que nesse governo, não falta apenas gestão, falta seriedade nos gastos do dinheiro público, falta respeito com os funcionários de carreira da administração, falta compromisso com os pequenos produtores rurais, falta capacidade da equipe para captar recursos e realizar obras, falta um governador sentado na cadeira trabalhando, e não apenas realizando uma vontade mimada de assumir o cargo de governador”, disse.

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