18 de abril de 2024

Técnica de enfermagem encontrada morta dentro de carro vivia relacionamento ‘turbulento’, diz família

Familiares da técnica em enfermagem Lucilene Gonçalves de Souza, de 45 anos, relataram ao G1 que a vítima vivia um relacionamento marcado por brigas com o marido, com quem viveu por quase 30 anos. O corpo de Lucilene foi encontrado no porta-malas de seu carro, no bairro São Raimundo, Zona Sul de Manaus, na quinta-feira (16).

Segundo a polícia, a suspeita é que o marido da vítima tenha cometido o crime após uma briga do casal. O homem fugiu após a morte de Lucilene e está sendo procurado pela polícia.

A irmã mais nova da vítima, Lurdete Gonçalves falou sobre o casamento de Lucilene durante o velório dela, nesta sexta-feira (17).

“Desde o início do relacionamento, ele sempre bateu nela. Quando presenciávamos, a gente se metia, mas de um tempo para cá houve um ciúme que levou a esse fato que aconteceu. Toda vez que eles brigavam, ligavam para mim ou para minha outra irmã. Sempre aconselhamos: ‘você não quer mais, deixa ele’. Mas nunca eles chegavam ao senso de separarem”, disse.

Segundo Lurdete, o marido da vítima, suspeito do crime, começou a ameaçar de morte a esposa há três meses. O carro em que o corpo foi encontrado havia sido comprado por ela há três meses.

“Ele dizia para a filha deles: ‘eu vou matar tua mãe’, mas nunca esperávamos que isso aconteceria. Ele falava que ela tinha mudado depois que comprou o carro. Era um relacionamento turbulento”.
O casal viveu juntos por quase 30 anos e, segundo a família, se separaram apenas uma vez por pouco tempo. Eles tiveram dois filhos, mas um rapaz de 21 anos morreu há três anos. A filha do casal, de 29 anos, foi a primeira pessoa da família a saber da morte da mãe, pois o homem ligou para uma amiga da vítima e confessou o assassinato.

“Ele ligou para essa amiga e disse: ‘eu matei a Luci. O corpo dela está em tal lugar’. Contou tudinho. E essa amiga foi quem ligou para filha dela”, lembrou.

A polícia informou que a mulher estava sem roupa e que havia várias marcas de agressões pelo corpo. A causa da morte só será informada após o laudo de necropsia.

O casal morava no bairro Vila da Prata, em cima da casa da mãe do suspeito. De acordo com informações da polícia repassadas para a família, após a perícia, foi constatado que a técnica foi morta dentro de casa.

Além da filha, a técnica de enfermagem tinha três netos. O sepultamento dela será nesta sexta-feira (17) no cemitério São João Batista. Ela trabalhava há mais de dez anos no Instituto da Mulher Dona Lindu. Os colegas de trabalho compareceram ao velório, mas relataram que a vítima não comentava sobre o casamento.

“Estamos todos triste com essa perda. Era uma colega que não fazia mal para ninguém. Sempre prestativa, parceira. É muito revoltante, dolorido”, disse a técnica em enfermagem Rejane Bastos.

 

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