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Café acumula alta de quase 18% em 12 meses e tendência é aumentar ainda mais; veja razões

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Plantação de café/ Foto: Jardy Lopes

O preço do cafezinho nosso de cada dia está cada vez mais amargo. Dados do último IPCA-15 revelados nesta terça-feira (19) mostram que o café moído acumula uma alta de 17,15% nos últimos 12 meses.

Nas gôndolas dos supermercados é muito difícil o consumidor encontrar um pacote de café de 500g (sendo prensado ou não) a menos de R$ 13. Isso não importando a marca. No início do ano, o consumidor encontrava pacotes por menos de R$ 10. Dependendo da marca, até por R$ 8 ou R$ 9.

O Brasil é o maior produtor mundial de café e o segundo mercado consumidor do mundo – atrás apenas dos EUA. E por que o nosso cafezinho de todo dia está mais caro? O clima tem um grande peso nisso, dizem os especialistas. É que geadas e secas prejudicaram muito as plantações que abastecem o país.
Produtores de café arábica dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná – algumas das principais regiões produtoras do Brasil – sofreram com as geadas que atingiram as lavouras. De origem africana, o café tipo Arábico é sensível ao frio. Se a geada for muito forte, pode até matar a planta.

Com os últimos fenômenos climáticos, o governo federal já admite o impacto na safra de 2022.

O Dólar e safra menor também explicam preços altos, segundo das da Companhia Nacional de Abastecimento. Além disso, a safra atual não deve ultrapassar 48,8 milhões de sacas de 60 kg de grãos. Se isso se confirmar esta marca será 22,6% inferior ao da última.

O câmbio também pesa. O dólar alto incentiva a venda para o mercado externo. De janeiro a julho, o Brasil exportou cerca de 25,2 milhões de sacas de café, o que representa a um aumento de 11,3% em comparação ao mesmo período de 2020.

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