Todos sabem que a política não é para amadores. Mesmo assim, ignorando as verdades que ela ensina há séculos, há os que ainda só querem ouvir apenas o que lhes faz bem aos ouvidos, à alma e ao ego, ignorando a realidade. Pecado mortal neste mesmo contexto, é o que soma essa mania de sonhar, com o fato de subestimar seus adversários. Há os que, egos superiores, deixam-se enganar com tapinhas nas costas e promessas de votos, imaginando-se grandes vencedores e, quando se abrem as urnas, o que aparece é a dura e triste realidade. Mas de todos os pecados mortais, sobre os quais se poderiam escrever várias enciclopédias, aquele que subestima a força do adversário, pode se tornar o pior de todos.
Na verdade, ele engloba vários outros que, somados, deviam dar uma lição para não se esquecer, embora, na maioria dos casos, o egocentrismo impeça que se leve o aprendizado para a próximas eleições. Todas essas elucubrações e pensamentos cabem muito bem no que está novamente acontecendo. Podem ser trazidos para a realidade rondoniense, porque ela se adapta a qualquer lugar do mundo, onde as urnas decidem quem vai para o poder. Um caso recente, em Rondônia mesmo, aconteceu com o gringo Ivo Cassol. Quando ele se lançou candidato ao governo, seus adversários, no geral, não o levaram a sério. Quando acordaram, Cassol estava eleito e depois ainda foi reeleito.
O caso se repete agora com Marcos Rocha. O que se ouviu até há pouco nos bastidores, claro que não de todos, mas, ao menos de alguns, é que ele não teria cacife para uma reeleição, que não tem experiência, que qualquer um nome conhecido da nossa política poderia vencê-lo, em 2022. O pecado mortal de subestimar o adversário, ainda mais quem está no poder e tem o cofre na mão (e acrescido do fato de ele estar cheio, como o está agora!) aconteceu de novo, com todos os seus perigos.
Enquanto isso ocorria, Rocha e sua turma, trabalhando como se mineiros fossem, calados e agindo nos bastidores, começou a fortalecer seu governo no interior, com programas aplaudidos pela população e, ao mesmo tempo, foi conquistando espaços na política que, fazendo com que aqueles que o consideravam carta fora do baralho, fossem surpreendidos, pelo que a vida real mostrou. Rocha, com um importante parceiro, também subestimado por alguns grupos adversários, o seu chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves e tantos outros que formam o time palaciano, não só viram o Governador se colocar como nome fortíssimo para 22, como ainda assistiram a tomada de poder no União Brasil, o que fortaleceu ainda mais seu nome na política regional. Os exemplos locais provam, mais uma vez, que quem ignora as duras lições que a política ensina há séculos, vai continuar comendo poeira, enquanto seus adversário conquistam o poder.
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