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Com garças imitando árvore de flores brancas no Pantanal e poesia, biólogo recebe prêmio por curta em MS

Por G1

Parque Natural Municipal Lagoa Comprida — Foto: Luiz Mendes/Arquivo Pessoal

Uma nova rota para o turismo, mostrando regiões pantaneiras menos exploradas, como a Estrada Parque Piraputanga, a Serra de Maracaju e o Parque da Lagoa Comprida. Tudo isso “adoçado” com as poesias de Manoel de Barros.

Para ver o vídeo CLIQUE AQUI.

É assim que o biólogo e produtor audiovisual Luiz Felipe Mendes, de 27 anos, fez um curta e foi premiado em 1° lugar no III Cine Aves, evento organizado pelo Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo (IMPAE) e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. As imagens, com a beleza do bioma pantaneiro, agora farão parte do Museu da Imagem e do Som (MIS), em Campo Grande.

“O Cine Aves é uma forma de promover o turismo de observação de aves, principalmente no Pantanal. Nós temos aqui cerca de 650 espécies de aves e recebemos muitos turistas. Com isso, houve esse projeto de criar um conteúdo audiovisual sobre Mato Grosso do Sul e aí eu me inscrevi. Tinha que ser até de cinco minutos, algo bem curto e objetivo mesmo, então, fiz questão de colocar imagens do meu acervo, mostrando a beleza das aves e as paisagens”, afirmou ao G1 o biólogo.

Estrada Parque de Piraputanga — Foto: Luiz Mendes/Arquivo Pessoal

Estrada Parque de Piraputanga — Foto: Luiz Mendes/Arquivo Pessoal

No vídeo, é possível ver pessoas caminhando, famílias fazendo piquenique e, ao mesmo tempo, as aves se reproduzindo, se alimentando, além de animais silvestres como jacarés e capivaras.

“São lugares menos conhecidos e a ideia era justamente ganhar este prêmio para mostrar essas belezas. Sou encantado por essa região e também pelo poeta Manoel de Barros, que dá uma amplitude para a natureza. Não transmito apenas as imagens, mas, as sensações que a natureza oferece, então, fiz questão de colocar a poesia, para deixar algo marcante, sentimental mesmo e que faz as pessoas refletirem o quanto a natureza é bela”, alegou. 

Parque Natural Municipal Lagoa Comprida — Foto: Luiz Mendes/Arquivo Pessoal

Recentemente, o biólogo conta que esteve em locais devastados pelos incêndios. “Fiquei lá alguns dias e a gente vê que a natureza está tomando um rumo drástico e talvez estas paisagens não tenhamos mais daqui para frente, então, precisamos realmente mostrar para as pessoas o lado bom que ainda temos. E a observação de aves é uma forma interessante de conhecer essa natureza e mostrar que precisamos cuidar de tudo isso. Fiquei muito feliz com o resultado deste prêmio, de ter uma obra minha no MIS [Museu de Imagem e Som], é sensacional mesmo”, alegou.

O concurso contou com as parcerias do Instituto Arara Azul, Biofaces, Grupo de Pesquisa Lumiar – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (PPGEL) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências (PPEC) da UFMS, Núcleo de Voluntariado Educativo (NUVE) do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Cunhataí Guyrá – Mulheres Observadoras de Aves, Avistar Mato Grosso do Sul, Avistar Brasil, Editora Café com Literatura e do Clube de Observadores de Aves de Campo Grande (COA-CGR).

Flagrante feito por biólogo de MS e que consta em curta — Foto: Luiz Felipe Mendes/Arquivo Pessoal

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