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Em protesto, pais pedem prisão de fisioterapeuta acusada de agredir crianças em Manaus

Por G1 AM

Advogados falaram sobre pedido de prisão contra mulher. — Foto: Amanda Bulcão/Rede Amazônica

Pais de crianças agredidas por uma fisioterapeuta realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (8), em Manaus. Eles pediram que a mulher de 44 anos, que aparece em um vídeo batendo em uma criança autista, seja presa. Em nota, a Polícia Civil afirmou que outras duas famílias também denunciaram a mulher por agressões. A fisioterapeuta nega as acusações.

O protesto ocorreu em frente ao prédio do 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP), localizado no bairro Nossa Senhora das Graças, e reuniu pais e familiares das crianças.

Pais protestam em frente a delegacia em Manaus — Foto: Amanda Bucão/Rede Amazônica

Em nota, a defesa da fisioterapeuta disse que a manifestação é assegurada pela Constituição Federal, que também garante ninguém será considerado culpado até o julgamento da Justiça. Os advogados também ressaltaram que não há, até o presente momento, ação penal em curso e que a prisão preventiva é incabível no caso em questão.

O caso foi denunciado no dia 17 de julho, após a mãe de uma criança procurar a polícia. Em depoimento, ela contou que o filho realizava tratamento de terapia ocupacional desde fevereiro deste ano. No dia 1º de julho, o pai da criança foi até a clínica buscar o filho e questionou como havia sido a sessão. A vítima contou que a fisioterapeuta havia “batido em sua cabeça”.

Já no dia 19 de julho, a família teve acesso às filmagens de todas as sessões da criança, onde foi possível identificar as agressões da fisioterapeuta contra o menino. Além disso, a fisioterapeuta deixava a vítima sozinha sozinha em uma mesa, enquanto ficava no celular, diz o documento da polícia.

De acordo com a mãe, o filho iniciou a terapia ocupacional em março deste ano e tinha duas sessões por semana. Ao todo, ele foi atendido pela clínica por cerca de 4 meses.

“Senti uma angústia gigantesca desde o primeiro vídeo e segui chorando do início ao fim, pois vi claramente que ela não realizava nenhum tipo de intervenção terapêutica com ele… E quando assisti à primeira agressão, não aguentei e parei de assistir”, lembrou a mãe.

 

No início da semana, a fisioterapeuta foi indiciada por maus-tratos. Em depoimento, Samia Patricia Riatto Watanabe negou as acusações.

No entanto, a delegada Juliana Tuma, titular do 22º DIP, informou que além da denúncia inicial, outras duas foram registradas nesta semana. As partes envolvidas foram chamadas para esclarecimentos. O Inquérito Policial foi concluído e remetido à Justiça.

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