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FIEAC, TJ e MPAC apresentam Programa Radioativo na Aleac

Por ASCOM

FIEAC - FIEAC, TJ e MPE apresentam Programa Radioativo na Aleac. Foto: Assessoria

“De todas as atividades humanas, a violência é, talvez, a mais complexa, mas também a mais organizada. Não adianta só capacitar, precisamos inserir esses jovens no mercado de trabalho para que ele possa suprir sua necessidade social. É isso que mais nos move nesse programa, pois todos os dias eles são confrontados pelo crime, por essas organizações criminosas, que lhes dão meios muito mais fáceis de conseguir esses bens de consumo”, definiu José Adriano, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), ao apresentar o Programa Radioativo na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), onde solicitou a adesão dos parlamentares à causa.

O empresário esteve na sessão da Casa do Povo nesta quarta-feira, 20 de outubro, juntamente com a instituição correalizadora da iniciativa, Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ/AC), representada pela desembargadora Regina Longuini e a juíza Andréa Brito, e o Ministério Público do Acre (MPAC), representado pelo promotor Francisco Maia, que é um grande parceiro do movimento. De acordo com Longuini, a ideia é desenvolver competências técnicas e habilidades socioemocionais para o mercado de trabalho.

“Estamos numa luta hercúlea que é tirar os jovens do crime e só conseguimos fazer isso dando-lhes oportunidade de trabalho. Quando vamos dar palestras a eles no ISE (Instituto Socioeducativo), eles falam que tudo o que querem é um emprego. E foi, então, que nós começamos, com a mão forte da FIEAC, por meio do SENAI qualificando esses jovens, e 20 mais vagas sendo ofertadas pelo comércio local”, relatou a desembargadora. “Porém, 20 vagas é muito pouco, num cenário de mais de 400 que estão cumprindo pena nos nossos ISEs”, lamenta ela.

Conforme o promotor Francisco Maia, a taxa de violência no Acre é uma das mais altas, com mais de 151% de aumento da letalidade entre os anos de 2015 e 2017, devido à presença maciça das organizações criminosas. “Só para se comparar os custos, a média nacional de um reeducando é de R$ 9,5 mil por mês, já o custo mensal de um aluno do Programa Radioativo é de R$ 908. Não dá nem para comparar. Se a gente prevenir a violência, tenho certeza de que teremos um estado do Acre muito melhor”, acredita ele.

O Programa Radioativo foi bastante elogiado pelo presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior, que agradeceu a iniciativa das instituições em buscar parceria dos parlamentares. “Que Deus abençoe essa caminhada, pois esse programa realmente muda a vida de quem é beneficiado. Tenho certeza de que cada colega aqui, através de suas emendas, pode ajudar um jovem atendido pelo Radioativo”, finalizou.

RADIOATIVO – Com objetivo de promover a qualificação profissional por meio de cursos de aprendizagem industrial ministrados pelo SENAI/AC e a posterior inserção no mercado de trabalho a adolescentes em situação de conflito com a lei e outras situações de vulnerabilidade social, o inovador Programa de Desenvolvimento Profissional e Inclusão Social pelo Trabalho – Radioativo foi idealizado pela FIEAC e o Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ/AC), contando com parceria do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). A iniciativa foi criada no ano de 2018.

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