“Não vou alisar o couro de ninguém”, diz Gladson sobre operação da Polícia Civil no Depasa

O governador Gladson Cameli, em entrevista exclusiva ao ContilNet, poucos minutos após sair de uma audiência com o ministro da Justiça, André Mendonça, em Brasília, comentou a operação “Castelo de Água”, desencadeada pela Polícia Civil do Acre na manhã desta quarta-feira (06), em Rio Branco.

“Se eu cheguei até aqui sem precisar me envolver com coisas mal feitas, eu não vou alisar o couro de ninguém”, disse o governador ao comentar a autonomia dos órgãos de controle e da própria Polícia para as investigações.

Gladson Cameli disse ainda que a diretoria de Polícia Civil e o delegado coordenador da operação, Pedro Rezende, da Delegacia de Combate à Corrupção (Decore), têm de fato seu total apoio para investigar possíveis crimes cometidos por servidores do Depasa e donos de empresas privadas na execução de contratos entres os anos de 2019 e 2020.

“Não preciso lembrar que foi o nosso Governo que criou uma delegacia de combate à corrupção e que deu total autonomia para delegados e todos interessados em investigar possíveis crimes e desvios administrativos”, acrescentou.

O governador, no entanto, ressaltou que não pode admitir os exageros ou o uso político das ações contra seu nome ou seu Governo. “Eu confio na Justiça e acho que os investigados têm o direito à ampla defesa, antes de terem seus nomes maculados. Os que não devem e ao contraditório. Se não devem nada, por certo serão inocentados. E os que devem, que paguem por seus crimes”, disse Gladson Cameli.

Sobre o uso político da operação “Castelo D’Agua”, que chegou a ser utilizada pelo dirigente do PT regional, Cesário Braga, como mais um exemplo de corrupção no atual governo, Cameli foi duro: “Este povo não tem moral para falar em corrupção porque o que está acontecendo é que meu governo está coibindo as práticas herdadas do tempo em que eles estiveram no poder. Ficaram 20 anos no poder não tiveram coragem de criar uma delegacia de combate à corrupção porque não queriam ver os companheiros presos. Nós somos e agimos diferente. Se precisar cortar na carne, a gente corta. O que eu não posso permitir é que meu nome e do meu Governo sejam confundidos com aquelas práticas sujas do passado”, afirmou.

Em relação à audiência com o ministro da Justiça, o governador revelou que foi ao encontro em busca de recursos, de parcelas de convênios em atrasos, para a melhoria da remuneração de policiais civis e militares e também para a aquisição de equipamentos militares. “Também fomos agradecer ao ministro pela ajuda que estamos recebendo na política da integração e policiamento das nossas fronteiras. Ainda temos muito a fazer mas de acordo comas condições, estamos combatendo o crime transnacional”, disse.

O ministro André Mendonça deve vir ao Acre ainda este ano, disse Gladson. “Ele está só vendo a melhor data”, disse.

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