Polícia Civil apreende documentos e R$ 2,4 milhões em operação que investiga casos de corrupção

Pelo menos sete empresas pertencentes a três grupos empresariais com atuação em Rio Branco, no Acre, foram alvos de nove mandados de busca e apreensão e um de sequestro de bem, além de outras sete medidas cautelares, como o impedimento de seus titulares de deixarem o território acreano, numa operação desencadeada pela Polícia Civil do Estado. A operação foi batizada de “Castelo de Água” porque envolve a antiga diretoria do Departamento de Água e Saneamento do Estado (Depasa), no período de 2019 a 2020 e foi deflagrada nas ruas de Rio Branco, com o envolvimento de mais de 70 policiais civis, na manhã desta quarta-feira (06).

Ninguém foi preso na operação de hoje. No entanto, devem ocorrer prisões ao final das operações, já que há indícios de desvios na ordem de R$ 2,4 milhões na execução de contratos. Todos os mandados executados pela Polícia Civil na operação de hoje obedeceram a medidas judiciais. Uma das empresas visitadas pelos policiais durante a operação, na qual os investigadores demoraram mais tempo, foi na empresa “Zezinho Materiais Elétricos”, localizada na Estrada Dias Martins, no bairro Jardim de Allah. A empresa passou toda a manhã de portas fechadas e seus diretores não atenderam aos telefonemas da reportagem.

O anúncio foi feito em conjunto pela diretoria de Polícia Civil e do próprio Depasa, além do coordenador da operação, o delegado Pedro Rezende, da Delegacia de Combate à Corrupção (Decore). Pela Polícia Civil, o delegado Josemar Portes, falou ao lado da atual diretora do Depasa, Waleska Bezerra, a quem elogiou pela presteza em fornecer todas as informações necessárias à continuidade das investigações. “Eu estou cumprindo ordens do nosso governador Gladson Cameli de prestar todas as informações necessárias. Ele nos orienta a fazermos, sempre, uma gestão transparente e o que estamos fazendo aqui é o reflexo disso”, afirmou Waleska Bezerra.

O delegado Josemar Portes também elogiou o governador Gladson Cameli pela independência que vem sendo dada pelo chefe do executivo aos órgãos e controle e à própria polícia. “Sem a independência que o governador estabelece à Polícia, não teríamos sucessos nessas investigações cujo maior objetivo é resguardar o dinheiro público”, disse Josemar Portes.

O objetivo da operação de hoje foi a apreensão de documentos e mídias eletrônicas, em busca de provas contra um “grupo criminoso montado para fraudar a execução de vários contratos licitatórios”. Os contratos forma firmados junto ao Depasa com empresas privadas para fornecimento de insumos utilizados na manutenção de água e esgoto da capital, além de aquisição e hidrômetros e outros itens, “Ao todo, sete empresas se beneficiaram no esquema e há indícios da participação de servidores públicos, que teriam atuado no [órgão para favorecer empresários e seus interesses escusos”, disse o delegado Pedro Rezende.

A operação bloqueou valores mantidos em contas bancárias dos alvos da investigação, num total de R$ 2,4 milhões, visando o ressarcimento dos valores desviados. Considerando que não há réus presos nesta operação, as investigações vão prosseguir e devem ser encerradas dentro de 30 dias. Poderá haver, no entanto, se necessário, prorrogação deste prazo.

Fotos: cedidas

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