Saiu do Diário Oficial do Estado, edição desta sexta-feira (22), convocação de assembleia para os profissionais membros do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac). De acordo com chamamento, algumas das pautas são: apresentação da Agenda de negociação com o governo; deliberação sobre deflagração de greve; além de informe sobre a situação dos servidores ‘irregulares’.
O ContilNet tratou de entrar em contato com o presidente do sindicato, Adailton Cruz, para saber mais detalhes sobre a assembleia. Ele conta à nossa reportagem que a possibilidade de greve é real e ganha força, por conta da falta de respostas do Estado em pontos considerados importantes para a categoria.
“Isso será votado. A possibilidade é real. Agora, vai depender do debate e do desenrolar [das negociações com o Governo do Acre]. O Governo ficou de dar algumas respostas, ainda – como o PCCR, por exemplo. Dando encaminhamento a esse tipo de pauta, a possibilidade de greve diminui. Agora, não nos dando uma resposta concreta, a possibilidade de greve aumenta”, diz.
A assembleia com os sindicalizados está marcada para o dia 04 de novembro, no auditório do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). Dentre os pontos que o Governo já acenou, Adailton adiantou que, na Etapa Alimentação, o governo apresentou proposta de R$ 420, ante R$ 700 pedidos pela categoria.
Já na reposição de perdas referentes aos anos de 2019-2020-2021, Adailton afirma que a contraproposta do Governo acena, apenas, para os anos referência 2020-2021. Os valores percentuais diminuem, portanto, de 22% para 12%, em média.
“Tem, também, a questão do novo PCCR: esse ponto [a categoria] não recebeu resposta do governo. Vamos apresentar esses pontos na Aleac e, junto com os trabalhadores, decidir se iremos aguardar o desenrolar, se faremos nova contraproposta, ou se entraremos de greve, cobrando resposta imediata”, explica Adailton.
O presidente afirma insatisfação com a velocidade e efetividade das negociações e afirma que, dentro da categoria, o clima é de decepção. “Hoje, na saúde, a insatisfação com o Governo é grande, tanto por conta das perdas acumuladas como por falta de respostas efetivas”, conclui.