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Tremores no AC: Especialista afirma ao ContilNet que estado precisa se preparar para abalos mais intensos

Por MARIA FERNANDA ARIVAL, PARA CONTILNET

Pelo menos dois abalos foram sentidos no Acre nos últimos dias. Foto: Ilustração/Internet

Nos últimos dias, moradores de cidades do Acre e Rondônia sentiram um tremor de terra, reflexo do terremoto ocorrido no dia 9 de outubro no Peru, de magnitude 5,7 na Escala Richter, com epicentro a 13,5 km de profundidade, considerada muito próxima da superfície. Devido a localização do Peru em relação às placas tectônicas, o território está habituado a terremotos, mas de acordo com o com professor Alceu Ranzi, formado em geografia pela Universidade Federal do Acre (Ufac), no Acre também há terremotos.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, no Acre ocorrem terremotos e, de acordo com o professor Alceu Ranzi, em entrevista ao ContilNet, é o estado brasileiro com maior atividade sísmica, pois é possível que a população sinta os tremores de terra no Acre, sendo reflexo dos que acontecem no Peru e dos que ocorrem no próprio estado, que em razão da profundidade, não são destrutivos.

Para Alceu, o Acre deve se manter preparado para estes tremores, pois podem ocorrer com maior intensidade, mas até o momento, o estado só tem uma construção conhecida por ser projetada para resistir a abalos sísmicos, que é a Ponte da União, em Cruzeiro do Sul.

“Sabemos dos terremotos por sentir e pelas observações das Estações Sismológicas em outras partes do mundo. No Acre necessitamos levar essa variável em conta, não só na construção de pontes mas também em edifícios de muitos andares e outras obras de grande porte. O Acre existe e terremotos no estado são comuns”, explica o professor.

Porque acontecem terremotos no Acre?

De acordo com Ranzi, o movimento das placas tectônicas é a causa dos terremotos e a Placa de Nazca é absorvida nas profundidades do Acre, o que gera terremotos profundos. “Conforme a América do Sul se afasta da África, todo o continente é empurrado contra a Placa de Nazca, leito do Oceano Pacífico, a partir desse choque surgiu a Cordilheira dos Andes e a cada movimento a Placa de Nazca continua sendo forçada e é empurrada sob a Placa Sul Americana”, afirma.

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