Tribunal julga homem que matou a cunhada e escondeu o corpo, em Rio Branco

Está sentando no banco de réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Justiça Militar da Comarca de Rio Branco, na Cidade da Justiça, desde as primeira horas desta quarta-feira (13), Diego Marques Pereira, 30 anos. Ele é acusado de matar a cunhada Luciana Lima de Matos, de 41 anos, no ano passado, quando ela chegou a Rio Branco, vinda de Mato Grosso, para visitar a família na Capital. Ao visitar uma irmã que vivia com o acusado, na Cidade do Povo, ela encontrou a morte.

O acusado será julgado por feminicídio. O Ministério Público Federal do Estado do Acre (MPAC), através do promotor de Justiça Efrain Mendonza, denunciou o réu pelo crime e ocultação de cadáver. Há suspeitas também de que a vítima tenhas sido estuprada antes de ser morta.

Luciana Lima de Matos foi encontrada morta em uma área de mata próximo às Quatro Bocas, em Senador Guiomard, em abril deste ano, após três dias desaparecida. A denúncia encaminhada à Justiça traz o testemunho de cinco pessoas, que devem se ouvidas durante toda a manhã de hoje. À tarde, devem começar os debates que vão definir o futuro do acusado.

O acusado foi denunciado em maio deste ano e responde pelos crimes de homicídio qualificado por feminicídio, uma vez que a vítima tinha um grau de relacionamento com ele por ser cunhada, e ocultação de cadáver. Em nova denúncia, um segundo homem foi acusado ter escondido a arma do crime.

O acusado já tinha antecedentes criminais por roubo majorado, crimes no trânsito, homicídio e posse de droga. O corpo da vítima só foi encontrado porque o próprio acusado indicou o local onde havia o largado, três duas antes.

Vivendo Mato Grosso fazia muito tempo, Luciana havia chegado ao Acre para visitar a família, pelo menos duas duas semanas antes do crime. No dia 11 de abril, a vítima foi até a casa de uma irmã, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, e sumiu. Após uma bebedeira entre familiares, sua irmã foi dormir e a deixou sozinha em companhia do marido., quando ele então teve a ideia de cometer os crimes.

Mesmo depois de ter assumido o crime e indicado onde estava o corpo da cunhada, em depoimento à Polícia Civil, ele mudou a versão. Disse que é usuário de drogas e que havia passado a noite usando cocaína com a vítima e que os traficantes haviam ficado desconfiado dele ter ido comprar droga pela segunda vez. Segundo o suspeito, os traficantes achavam que ela era informante de uma facção rival.

Pereira contou que, então, às 8h, quando a mulher dele saiu para trabalhar e a filha de 8 anos dormia, dois membros de uma facção criminosa invadiram a casa e mataram a vítima estrangulada na frente dele. Depois disso, segundo ele, foi obrigado a colocar o corpo da mulher no carro e dirigir até o local onde o cadáver foi encontrado. Destacou ainda que não ajudou no homicídio e que estava sob ameaça. Versão que é contestada pela família.

O suspeito estava foragido de Rondônia (RO) e já tem passagens na polícia por vários crimes como homicídio e também estupro. Além disso, ele usava tornozeleira eletrônica, mas tinha rompido o aparelho. Ele segue preso no Complexo Prisional Rio Branco.

Com a suspeita de abuso sexual antes da morte, o corpo de Luciana foi submetido a exames para comprovar ou não o abuso. Porém, a Polícia Civil informou que o laudo cadavérico ficou como inconclusivo e que persiste a dúvida quanto a isso.
Com relação à versão dada pelo acusado de que dois homens teriam entrado na casa e matado a vítima, o delegado afirmou que duas pessoas ainda chegaram a ser identificadas e ouvidas, mas não ficou comprovada participação de outras pessoas no crime.

A família de Luciana não acredita na versão dada por Diego Pereira. Ele tinha pele sob as unhas e isso indica que ele lutou com a vítima antes de matá-la. Ele deve ser condenado. A sentença deve sair no final do dia.

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