Barco-hotel que naufragou em MS e causou a morte de 7 pessoas será retirado nesta semana do Rio Paraguai

A Marinha do Brasil autorizou a retirada do barco-hotel Carcará, que naufragou no Rio Paraguai há mais de 40 dias e causou a morte de sete pessoas. Segundo informações da Associação Amigos do Rio, proprietária da embarcação, uma empresa de Ladário será a responsável por tentar rebocá-la até o porto de Corumbá.

Segundo o comunicado da Marinha do Brasil, o plano de reflutuação foi aprovado pela Capitania Fluvial do Pantanal (CFPN), do 6º Distrito Naval.

Ainda de acordo com a associação, o trabalho não será fácil, já que a embarcação pesa 70 toneladas e está com areia e água. “Na verdade, eles [Marinha do Brasil] intimaram a nossa associação Amigos do Rio, para que a gente retirasse o barco, porque o mesmo estava oferecendo risco a navegação. Nós encontramos muita dificuldade em Corumbá, estrutural e de logística, mas finalmente conseguimos contratar uma empresa de Ladário, que vai começar a retirar o barco nesta semana”, explica um dos sócios, Antônio Pimenta Martins, que reside no município de Rio Verde, de Goiás.

Ainda de acordo com Martins, a associação precisou realizar campanhas para arrecadar dinheiro e financiar a retirada do barco. “Tem um custo elevado essa operação. Vai ser um trabalho gigantesco porque o barco é muito pesado. Vamos tentar desvirar para rebocar para o porto ou deixar nas margens do Rio”, pontua.

Com 21 pessoas a bordo, o barco afundou no dia 15 de outubro, após uma ventania que atingiu a cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Pegos de surpresa, turistas e tripulantes confraternizavam durante a realização de um churrasco, quando o acidente aconteceu. A maioria dos ocupantes estava na parte de cima do barco.

A associação não definiu o destino do barco e não soube informar se ele será vendido ou recuperado. “Somos em 50 sócios e temos o barco há 25 anos. Jamais a gente imaginava uma tragédia dessa envergadura. Um dos sócios estava no velório e a esposa dele perdeu o marido, o pai e o filho”, ressalta Martins.

Ao todo, 14 pessoas foram resgatadas e sete morreram. Um dos sobreviventes relatou que o grupo estava na região desde o dia 9 de outubro. Veja no vídeo acima imagens do trabalho de resgate dos corpos das vítimas.

Em relação às investigações, a Marinha confirmou que continua com as apurações para determinar a causa do acidente.

Acidente

 

A embarcação naufragou no dia 14 de outubro e as investigações foram iniciadas pela Policia Civil apenas no dia 18. A Marinha do Brasil também abriu inquérito para investigar as causas, que tinha duração estimada em 90 dias, com possibilidade de prorrogação por mais três meses.

Por parte da Marinha, o órgão pretende apurar as causas e responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima e a apuração será feita por meio de Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN).

De acordo com a Polícia Civil, 12 homens – entre parentes e amigos – estavam no Pantanal desde o dia 9 de outubro. Eles contrataram a embarcação no Porto Limoeiro e saíram para pescaria, com mais nove tripulantes, em direção ao Paraguai Mirim, região do Castelo, e depois para o Bonfim, onde permaneceram boa parte do tempo.

Quando se aproximavam da cidade de Corumbá e no momento que faziam um churrasco, os ventos ficaram fortes e a embarcação virou. Outros 17 municípios de Mato Grosso do Sul também foram atingidos por temporal.

Quando o barco virou, 14 pessoas conseguiram nadar e foram resgatadas por um navio do Exército Brasileiro que passava por lá no momento.

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