18 de abril de 2024

Calígula, na verdade, não era tão mau

Reinou por apenas quatro anos, entre 37 e 41 d.C., e morreu despedaçado pela Guarda Pretoriana aos 29. Seu tio e sucessor, o imperador Cláudio, bem que tentou apagar sua memória, fundindo moedas com sua efígie, decapitando estátuas, revogando suas leis. Mas é evidente que não conseguiu. Se há um nome da antiguidade romana que ecoa na atualidade como sinônimo de depravação, mas também de fascínio pelo poder, é o de Calígula, apelido pelo qual detestava ser conhecido, pois fazia referência a umas sandálias de legionário que calçou quando criança. Seu nome era Caio Júlio César Augusto Germânico, e foi o terceiro imperador romano.

O historiador e escritor australiano Stephen Dando-Collins acaba de publicar Caligula: The Mad Emperor of Rome (“Calígula, o imperador louco de Roma”, inédito no Brasil), uma detalhada biografia que busca desmitificar algumas das lendas de crueldades infinitas que circulam em torno do imperador. Sua conclusão é que algumas são falsas, como que tenha transformado seu palácio em um bordel, onde obrigava as mulheres da nobreza a se prostituírem, ou que fosse para a cama com suas três irmãs; mas muitas outras são verdadeiras, sobretudo as atrozes crueldades e assassinatos caprichosos que a ele atribuídos. Entretanto, isso não o diferenciava do resto dos imperadores romanos, inclusive dos que têm fama muito melhor, como Marco Aurélio, responsável pelas piores perseguições aos cristãos.

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