As experiências exitosas em serviços ecossistêmicos e ambientais na Amazônia, além da relação entre uso da terra, mudanças climáticas e como isso afeta o dia a dia de quem trabalha no setor rural serão debatidas no webnário “Serviços Ecossistêmicos e Ambientais na Amazônia”, entre os dias 23 e 24 de novembro. O evento será on-line, com transmissão pelo canal da Embrapa no Youtube e as inscrições podem ser realizadas no site: embrapa.br/evento/servicos-ambientais.
Trata-se de um seminário virtual que reunirá representantes do poder público, sociedade civil organizada, além de especialistas na área para discutir experiências, políticas públicas, pagamentos por serviços ambientais, entre outros assuntos ligados à temática. De acordo com os organizadores, a Embrapa e o Fundo Amazônia, também será uma oportunidade para apresentação de alguns dos resultados alcançados no âmbito do projeto. Dentre eles, estão as capacitações para produtores rurais e extensionistas rurais e trabalhos relacionados aos serviços ecossistêmicos de água, carbono e solos com enfoque em territórios amazônicos.
“A ideia é termos um espaço de diálogo e intercâmbio para enxergamos que é possível aliar tecnologia, agropecuária e proteção dos ecossistemas. Precisamos investir cada vez mais em ações e conhecimentos em práticas verdes para garantir uma vida melhor no planeta”, explica o chefe-geral da Embrapa Acre, Bruno Pena Carvalho.
A ação faz parte do projeto Aseam: “Construção do conhecimento e sistematização de experiências sobre valoração e pagamento por serviços ecossistêmicos e ambientais no contexto da agricultura familiar amazônica”. O estudo compõe o Projeto Integrado da Amazônia (PIAmz), um conjunto de pesquisas da Embrapa para a região, com o aporte financeiro do Fundo Amazônia. Os recursos são operacionalizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente.
Um dos principais objetivos do projeto Aseam e do evento é promover o intercâmbio de conhecimentos e valoração econômica de serviços ecossistêmicos e ambientais com diferentes públicos.
Para isso, foram convidados personalidades de renome nacional e internacional para debater a gestão da terra e mudanças climáticas, como a docente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Aliny Pires, e a especialista em políticas na área ambiental e climática, Flávia Frangetto.
A programação também conta com painéis que buscam apresentar experiências em serviços ambientais de organizações públicas e privadas no Bioma Amazônia. Como convidados confirmados estão representantes do Projeto Reca, de Rondônia, da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), do Pará, da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas e do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC).
Em março, o projeto promoveu um primeiro seminário virtual sobre o tema. “Foram discussões bastante ricas sobre a valoração ambiental”, lembra o pesquisador da Embrapa Territorial (Campinas/SP) e líder do estudo, Sérgio Tôsto. Os painéis e as mesas-redondas subsidiaram um livro digital e uma publicação técnica da Embrapa, que serão publicados no portal da empresa futuramente. A equipe do projeto também atua na elaboração de um livro sobre serviços ecossistêmicos e ambientais na Amazônia.