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Estudo diz que AC não está preparado para eventos climáticos extremos, mas criação do IMC é ponto positivo

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Fogo no Projeto Floresta Estadual do Antimary, no Acre. Foto: Marcio Pimenta

Um estudo lançado nesta semana pelo projeto Achados e Perdidos, um monitor de indicadores socioambientais comandado pelas organizações Transparência Brasil e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em parceria com a agência de dados Fiquem Sabendo, mostra que o Acre e os outros 8 Estados da Amazônia Legal não estão preparados para eventos climáticos extremos.

Os dados apontam que as unidades da federação não possuem sistemas de alerta ou planos de contingência permanentes para eventos caóticos, como inundações, secas, incêndios florestais e ondas de calor.

A Amazônia Legal é composta por Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão.

“Preocupa a ausência de informação sobre a existência de protocolos para planos de contingência e sistemas de alerta nos nove estados. Diante da frequência e gravidade de eventos climáticos extremos no país, é algo que deve estar estruturado de forma permanente, e não apenas ocasionalmente”, diz trecho do estudo.

“Os estados têm um monitoramento [dos incêndios], na maioria deles baseado nos dados do Governo Federal, mas não existe plano de contingência. Quando o fogo sai do controle, as pessoas não sabem o que fazer. Geralmente elas esperam os brigadistas chegarem, mas esses brigadistas são contratados temporariamente, então, o que fazer se esses profissionais não estão disponíveis? Quais são as orientações para a saúde, por exemplo, para diminuir intoxicação?”, questiona a pesquisadora Jéssica Botelho em entrevista ao site Eco.

Mesmo em cenário não tão positivo, o Acre ganhou destaque por criar o Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC) como autarquia subordinada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). O órgão é comandado pela professora Degmar Kinpara, que ascendeu ao cargo ainda este ano, por escolha do governador Gladson Cameli.

“Em relação à governança, o trabalho mostrou que 8 dos 9 estados avaliados têm departamento próprio voltado para o tema, entre coordenadorias, diretorias e superintendências. Destaque para o Acre, que criou uma autarquia subordinada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais”, finaliza.

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