Fotógrafo cria projeto para registrar ‘presença e importância’ de vendedores e artistas de rua em Porto Velho

Passar por vendedores ambulantes e artistas de rua em avenidas de Porto Velho faz parte do cotidiano dos moradores da capital. Mas por muitas vezes, a pressa no trânsito e a agitação da rotina faz com que o trabalho desses profissionais acabe passando despercebido.

Pensando nisso, o fotógrafo Marcelo Xavier desenvolveu um projeto social para fotografar os trabalhos e vivências de profissionais autônomos em espaços públicos da cidade. A ideia é registrar a presença deles no cotidiano urbano.

“A fotografia é um registro da existência de uma pessoa nesse mundo. Para além das boas memórias, familiares e amigos, fica também o registro da presença no cotidiano da cidade. A ideia é documentar, sempre com dignidade, a presença e importância desses profissionais no cotidiano urbano”, explicou o fotógrafo.

Reconhecimento na internet

Artista de rua, Felipe — Foto: Marcelo Xavier

Artista de rua, Felipe — Foto: Marcelo Xavier

Marcelo iniciou o projeto na semana passada fotografando o artista de rua Felipe, que trabalha com malabarismo vestido de palhaço em semáforos de Porto Velho. Todo o processo de convidar o artista para fazer as fotos e o resultado delas, foram gravados em um vídeo que o fotógrafo publicou nas redes sociais.

O segundo ensaio foi com o Manuel, que vende pipoca na avenida Jorge Teixeira. Os vídeos do ensaio com o pipoqueiro somam mais de 30 mil visualizações no perfil de Marcelo.

Segundo o fotógrafo, isso ajudou a impulsionar as vendas do ambulante que, mesmo sem usar redes sociais, ficou feliz em ter o reconhecimento na internet.

“Como o senhor Manuel não acessa redes sociais, achei importante materializar para ele os registros que fiz. Motivo que imprimi algumas fotos. Na entrega das fotos, vi a felicidade dele em dizer que seus familiares e muitos clientes chegaram dizendo que viram na ‘internet'”, contou.

“A fotografia é a escrita com a luz. Lançar luz nesses profissionais que, muitas vezes, passam invisíveis no olhar das pessoas. É se importar para promover dignidade, reconhecimento e para destacar o valor social do trabalho desenvolvido nas ruas de Porto Velho”, explicou. 

Vendedor ambulante Manuel com fotografia do ensaio em mãos — Foto: Marcelo Xavier

Vendedor ambulante Manuel com fotografia do ensaio em mãos — Foto: Marcelo Xavier

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