A paixão por bonecas motivou Ana Paula Guimarães a abandonar o emprego em uma empresa multinacional, há 13 anos, para abrir o próprio ateliê de ‘reborns’, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A técnica utilizada por ela surpreende pela semelhança com bebês humanos e expressões realistas do rosto, corpo, mãos e pés.
“Eu trabalhava em uma multinacional e, conforme fui fazendo bonecas, meu nome foi reconhecido. Chegou uma hora que não dava mais e deixei meu trabalho”, contou Ana Paula Guimarães.
A artesã de 35 anos disse que tudo começou quando viu as bonecas na televisão e ficou encantada. Foi a partir daí que pesquisou a respeito da técnica e, só após dois anos de estudo, se arriscou a criar os bebês realistas.
“No Brasil não existia nenhum material, tudo vinha de fora. Foram dois anos pesquisando para entender a arte, aprender tonalidade de tinta, e comecei a construção colando os cabelinhos”, disse.
A empresária usa fibra de silicone para encher o corpinho das bonecas. O cabelo é colocado fio por fio. Para fazer o “bebê”, Ana demora cerca de 12 horas.
Mais de mil bonecas
Em 13 anos de carreira, Ana Paula já criou 1,2 mil bonecas e vende em vários estados do país e no exterior.
“Existem bebês ‘reborn’ prematuros e até bonecas do tamanho de uma criança com pouco mais de 1 metro de altura. Existe muita variação de opções no mercado. Nosso público é muito grande, entre colecionadores e crianças”, contou Ana.