A fronteira entre o Brasil e a Bolívia pelo Acre foi fechada nesta quarta-feira (10) por conta de um protesto contra o atual presidente do país boliviano, Luiz Arce.
Os manifestantes exigem que Arce revogue uma lei que permite ao governo investigar o patrimônimo de qualquer cidadão sem ordem judicial.
A passagem de veículos está proibida, de acordo com uma fonte que contatou a reportagem do ContilNet.
Em algumas cidades da Bolívia, como Santa Cruz de La Sierra, os protestos têm se dado de forma mais intensa, com participação ativa da polícia. Algumas empresas e comércios estão de portas fechadas.
Segundo o site Diário Corumbaense, apoiadores do atual governo descreveram como “fracasso” o primeiro dia da greve nacional convocada por sindicatos, transportadores, setores cívicos e outros, em rejeição ao pacote de leis que o governo nacional pretende colocar em vigor.
Lei de imposto sobre grandes fortunas
A Câmara dos Deputados da Bolívia aprovou no dia 10 de dezembro de 2020 uma lei para taxar fortunas acima de 30 milhões de bolivianos, o equivalente a R$ 21,9 milhões. O projeto foi aprovado também no Senado.
O texto cita o impacto da pandemia do novo coronavírus sobre a economia do país e a necessidade de uma “acelerada reativação e recuperação da economia, para oferecer a toda a população boliviana condições melhores de vida”.
O imposto é progressivo: as alíquotas começam em 1,4% para quem possui patrimônio acima de 30 milhões de bolivianos e pode chegar a 2,4% para quem tem mais de 50 milhões (R$ 36,5 milhões).
O documento cita o Global Wealth Report, publicado em 2019, que diz que a estimativa é que 7.000 pessoas em toda a Bolívia tenham patrimônio acima de US$ 1 milhão (equivalente a 6,8 milhões de bolivianos), o que representaria 0,1% da população adulta.
Com informações da CNN.