Entre os pilotos nacionais, o maior vencedor foi Ayrton Senna, ídolo de Hamilton, com 41 triunfos. Nelson Piquet, outro tricampeão mundial, anotou 23. O bicampeão Emerson Fittipaldi conquistou 14 vitórias. Vice-campeões, Rubens Barrichello e Felipe Massa registraram 11 cada. José Carlos Pace, que batiza o Autódromo de Interlagos, faturou apenas uma.
Após vencer em São Paulo pela terceira vez na carreira (fez o mesmo em 2016 e 2018), Hamilton emulou o ídolo Senna nas comemorações. Ele desfilou com a bandeira brasileira no cockpit enquanto percorria o traçado de Interlagos e também se enrolou nela ao celebrar no pódio.
O triunfo marcou um fim de semana de superação do inglês, que sofreu duas punições na mesma etapa, perdendo ao todo 25 posições entre o sprint race, o novo formato do treino classificatório, no sábado, e a corrida, no domingo. Para compensar, ele conquistou exatamente 25 ultrapassagens nas duas disputas.
No domingo, o feito também foi histórico. O inglês venceu após largar em 10º. Nenhum outro piloto havia faturado a vitória em Interlagos largando acima da oitava posição, o que foi alcançado pelo italiano Giancarlo Fisichella, então da modesta equipe Jordan, no GP brasileiro de 2003.
Pessoalmente, foi apenas a segunda vez que Hamilton venceu uma prova largando acima da sexta posição. A primeira foi em 2018, quando partiu do 14º posto no grid em Hockenheim, na Alemanha.
“Eu não sabia que isso seria possível, mas eu simplesmente dei tudo o que podia. E este foi, com certeza, um dos melhores finais de semana, se não foi o melhor, que vivi em toda a minha carreira”, declarou Hamilton, após vencer em Interlagos, no domingo.