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Márcio Bittar alerta para mortes de pessoas por falta de cirurgias na Fundhacre; diretor quer zerar fila de 2013

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

João Paulo, diretor da unidade, recebeu a comitiva e falou das necessidades da instituição. Foto: ContilNet

As mais de 11 mil cirurgias represadas no hospital da Fundação Hospitalar do Estado do Acre (Fundhacre), de 2013 para cá, chamada de “fila da morte”, seriam facilmente zeradas com o aporte de R$ 10 milhões, para ampliar a instalações da unidade, contratação de pessoal e outras medidas capazes de normalizar, em poucos meses, as necessidades de intervenções cirúrgicas. O hospital realiza uma média de 450 cirurgias por mês e, mesmo sem os recursos pretendidos, deve chegar a 950 cirurgias já nos próximos meses, graças ao esforço da equipe e o apoio do Governo do Estado, na pessoa do próprio governador Gladson Cameli, um dos principais interessados em zerar as chamadas cirurgias represadas por tanto tempo.

“Há uma semana estive com o nosso governador e ele me recomendou todo o esforço necessário para acabarmos com esta vergonhosa fila da morte, que é a das pessoas que esperam há anos por uma cirurgia e que, em muitos casos, quando o pessoal chama para a intervenção cirúrgica, o paciente até já morreu. Nossa luta, por missão dada pelo governador, é para acabar com esta pouca vergonha”, disse João Paulo Silva e Silva, diretor-presidente da unidade hospitalar ao receber, nesta quarta-feira (24), a visita do senador Márcio Bittar (PSL-AC).

O senador visitou as instalações da unidade hospitalar acompanhado da professora Márcia Bittar, sua pré-candidata ao Senado, e da jornalista Wania Pinheiro, sócia-diretora do site ContilNet. Foto: ContilNet

O senador visitou as instalações da unidade hospitalar acompanhado da professora Márcia Bittar, sua pré-candidata ao Senado, e da jornalista Wania Pinheiro. O senador e sua comitiva foram recebidos por, além de João Paulo Silva e Silva, pelo chefe do serviço de enfermagem do hospital, Durival Brito, natural de Cruzeiro do Sul e que trabalha há 30 anos na instituição chefiando uma equipe estimada em 60 enfermeiros.

Os R$ 10 milhões necessários ao hospital foram solicitados ao senador Márcio Bittar, que foi relator geral do OGU (Orçamento Geral da União) e que havia aquiescido ao pedido antes da suspensão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do pagamento das emendas de relator sob a alegação, da oposição ao governo federal, da execução de um orçamento secreto. “Como pode ser um orçamento secreto se tudo está publicado no Diário Oficial da União”, disse o senador Márcio Bittar.

“O que está acontecendo é que os nossos opositores não querem que venha dinheiro para o hospital por achar que, sem dinheiro para zerar as cirurgias represadas pelos governos deles, quando eles deixaram de fazer o que pretendemos fazer agora, isso pode prejudicar ao governador Gladson Cameli ou à minha pessoa. Na verdade, isso prejudica às pessoas que podem morrer por falta de cirurgia de uma hérnia de disco, de vesículas, de próstatas e outros que os governos de esquerda deixaram represar”, disse o senador.

O hospital realiza uma média de 450 cirurgias por mês e, mesmo sem os recursos pretendidos, deve chegar a 950 cirurgias já nos próximos meses. Foto: ContiilNet

“O que espero é que o Congresso Nacional, através do presidente do Senado e da Câmara, que começam a se movimentar para liberar o Orçamento travado por decisão do STF. a gente possa atender demandas legítimas como esta da Fundação Hospitalar”, acrescentou Bittar.

O senador disse ainda ter ficado muito sensibilizado com o pedido do presidente João Paulo Silva e Silva e sua justificativa de necessidade de zerar as cirurgias represadas na instituição. “Recorremos ao senador Márcio Bittar, que é o primeiro senador do Acre a tratar deste assunto técnico conosco, conhecendo de perto nossas dificuldades, e lamentamos profundamente o risco de ficarmos sem esses recursos tão necessários à população que precisa de atendimento médico e hospitalar”, disse João Paulo.

Presente à reunião, a professora Márcia Bittar disse que dinheiro para o sistema de saúde não deveria ser questionado sob nenhum aspecto, principalmente por ideologia, se enviado por governos de Direita ou Esquerda. “É dinheiro destinado á salvar vidas e isso teria que ter valor absoluto. O que estão fazendo é politicagem, e da pior espécie possível, porque colocam em risco a saúde de quem precisa de atendimento médico e de cirurgias urgentes”, disse a professora.

A jornalista Wania Pinheiro, que também participou da reunião, além de defender a liberação dos recursos destinados à melhoria na qualidade de atendimento ao hospital, elogiou o trabalho de João Paulo Silva e Silva e de sua equipe. “Bom administrador, João Paulo vem fazendo uma gestão humana, reconhecida por familiares, servidores e pacientes e precisa de todo o apoio necessário da classe política para que o atendimento possa avançar cada vez mais”, disse a jornalista.

Wania elogiou a atuação e gestão de João Paulo: “Humana”. Foto: ContilNet

A Fundação Hospitalar do Acre é um mundo a parte dentro do sistema de saúde. Por ali circulam diariamente, entre familiares e pacientes, pelo menos 1.500 pessoas, com mais de 500 atendimentos ambulatoriais e mais de dez cirurgias por dia. “Temos seis salas de cirurgias e queremos chegar a oito ainda este ano. Nos próximos dias, queremos saltar de 500 cirurgias mensais para mais de 900. Temos esta meta porque sabemos que é possível, mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos”, disse João Paulo Silva e Silva.

Fotos: ContilNet

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