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Marcos Rogério denuncia podridão em compra do Consórcio Nordeste. Foram gastos 50 milhões de reais, sem receber um só respirador

Por SÉRGIO PIRES, PARA CONTILNET

A podridão que escorre sob os esgotos da corrupção, escondida pela CPI do Circo, que impediu investigações sobre a roubalheira do dinheiro federal no combate à pandemia, começa a sair à superfície agora, em investigações que são realizadas em vários Estados. Nesta semana, o senador rondoniense Marcos Rogério, membro combativo da CPI e minoria nela, divulgou um vídeo comentando os primeiros e assustadores resultados de outra CPI, dessa vez da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, onde os desvios já comprovados são estratosféricos. O vídeo pode ser assistido, na íntegra, através do link https://www.instagram.com/tv/CWJsiaiMbFM/?utm_medium=copy_link . Nele, Rogério afirma que as denúncias do senador Girão, sobre negociações do consórcio Nordeste, foram comprovadas. Segundo o senador de Ji-Paraná, foi feita uma compra de 50 milhões de reais em respiradores, de uma empresa que produz derivados de maconha, mas os respiradores jamais foram entregues.

Toda a compra fictícia foi paga pelo Consórcio Nordeste, com recursos federais. Inclusive um empresário que sabe de todos os detalhes da espúria negociação aceitou dar um depoimento secreto, prometendo que contaria todos os detalhes tenebrosos do gasto de quase 50 milhões de reais, por equipamentos que jamais foram entregues. É por essas e por outras, é a conclusão do parlamentar de Rondônia, que a CPI do Senado “não quis ouvir ninguém do Consórcio Nordeste”, porque, é óbvio deduzir, “o grande tema da CPI aqui em Brasília”, acrescentou, “foi a de impedir esta investigação, que revelaria um grande esquema de corrupção”. Agora, diz Marcos Rogério, “no trabalho da CPI da Assembleia do Rio Grande do Norte, estão trazendo às claras, tudo o que realmente aconteceu”. Disse ainda, no vídeo que divulgou sobre o tema, que “portanto, todo aquele barulho da CPI aqui do Senado, foi uma grande cortina de fumaça, para esconder o que estava acontecendo nos Estados e nos Municípios e, especialmente, com o Consórcio Nordeste”.  Aos poucos, resumiu finalmente o senador de Rondônia, “o Brasil vai sabendo que fizeram ou que não fizeram na CPI aqui em Brasília!”. Mas tem mais…

TCE DA BAHIA DENUNCIA COMPRA DE RESPIRADORES QUE PODEM TER CUSTADO ATÉ 168 MIL REAIS CADA UM

O esgoto da roubalheira bateu também na Bahia. O Tribunal de Contas do Estado denunciou um negócio espúrio, envolvendo perto de 48 milhões de reais do mesmo Consórcio do Nordeste. A CPI da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, que está investigando todos os Estados da região, que compõem o consórcio, anunciou que tem como comprovar que pelo menos metade deste valor, foi destinado ao pagamento de propinas. Obviamente que esse assunto é escondido na grande mídia, porque ele vai ao encontro das denúncias feitas pelo presidente Bolsonaro e, nada do que ele diz, tem crédito na imprensa, que tornou-se braço político da oposição e só pensa em derrubá-lo. A denúncia foi feita pelo jornalismo da Rádio Brado. Todos os detalhes, inclusive com a reprodução do documento emitido pelo TCE – BA, estão num vídeo do jornalismo da emissora e que pode ser assistido pelo link https://www.instagram.com/tv/CWGt74NpDO3/?utm_medium=copy_link . Na denúncia, teriam sido pagos 48 milhões e 748 mil reais por 300 respiradores. A compra teria sido de 1. 850 respiradores, mas apenas 300 foram entregues. Cada um dos entregues teria custado nada menos do que 168 mil e 943 reais. A denúncia inclui outra compra, de mais de 44 milhões de reais, de 600 respiradores, com cada um custando 80 mil reais. Tudo pago adiantado. Uma das empresas que realizou esta venda milionária, tinha apenas nove meses de existência e emitido, até a data da fortuna que faturou, unicamente duas notas fiscais. O relatório do TCE, denunciando as compra ilegais, foi assinado pela conselheira Carolina Costa. Nada desta podridão, ao menos até agora, repercutiu na grande mídia e provavelmente não será divulgado. Lamentável.

Leia mais no blog OPINIÃO DE PRIMEIRA.

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