23 de abril de 2024

Narciso: Se a Rede Globo é ‘lixo’, porque Bolsonaro e ex-presidentes não tentaram acabar com os oligopólios na comunicação?

Inoportuna.

Disse o presidente Jair Bolsonaro: a Globo-Lixo é pior que o lixo, pois este poderá ser reciclado, e a Globo não.

Somos o país dos privilégios, dos oligopólios e dos monopólios. Pior ainda: enquanto os tempos vão passando, mais e mais a nossa democracia e a nossa República vem se enfraquecendo. Nem mesmo a força do direito tem prevalecido ante o direito da força.

Desnecessário se dizer, ou até mesmo se desenhar, por tratar-se de uma questão que já se tornou pública e notória: os nossos principais veículos de comunicação compõem um oligopólio, no qual, a referenciada Globo-Lixo, isto nas palavras do presidente Jair Bolsonaro, sobressai-se sobre os demais, isto numa claríssima agressão a nossa constituição, em seu artigo 220 e seus consequentes parágrafos.

Infelizmente, a estas agressões, as nossas autoridades políticas jamais deram a mínima importância, ainda que, tardiamente, venham se arrepender, isto quando se tornam vítimas do já referido oligopólio. A propósito, quase todos os nossos ex-presidentes, tornaram-se vítimas ou assim passaram a se considerar. Não apenas estes também todos àqueles que se enfraqueceram no exercício poder ou dele já foram afastado.

Partindo-se da premissa que a opinião pública, em todo e qualquer país do mundo, se alimenta das opiniões que são publicadas, no nosso país, as nossas principais redes de rádio e de televisão publicam, sobremaneira, o que lhes convém, e não raramente, movidas pelos seus próprios interesses, sejam de natureza política e/ou econômicas. Disto resultou a formação da nossa precaríssima opinião pública.

Só e somente só, quando da ocorrência de uma tragédia, a maioria dos Estados brasileiros especialmente os das regiões norte e nordeste, sequer entram nos seus noticiários. Enquanto isto, suas opiniões públicas, diariamente, são alimentadas pelas opiniões que são publicadas pelas nossas principais redes de rádio e televisão, quase todas sediadas nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Quando o presidente Jair Bolsonaro rotula a poderosíssima Rede Globo de Televisão de Globo-Lixo, pergunto: por que ele, em cumprindo a nossa constituição não tentou, no início do seu mandato, pelo ao menos, não tentou acabar com os monopólios e os oligopólios dos nossos meios de comunicação? Esta é a pergunta que não pode calar e que nenhum dos nossos ex-presidentes deu as devidas e necessárias respostas.

Em final de mandato e transformado num saco de pancadas pelas diversas redes de rádio e televisão, e mais será quando for afastado do poder, o presidente Jair Bolsonaro, não será beneficiário pelos seus tardios arrependimentos. Com a palavra os nossos últimos ex-presidentes, em particular: Lula, Dilma e Temer.

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