No AC, servidora recebe cobrança de quase R$ 5 mil no cartão de crédito e acredita ter sido vítima de golpe

Quarenta e oito parcelas de R$100. No total, R$4,8 mil. Independente do que se refira este valor, a conclusão é a mesma para todos: é uma quantia relativamente alta. Foi isto que pensou a servidora pública Danna Anute, de 27 anos, quando se deparou com estas operações realizadas sem o consentimento dela no cartão de crédito no último dia 09 de novembro.

“Eu estava na academia, era de noite. Deixei o celular na minha bolsa e fui fazer meus exercícios. Quando terminei e fui pegar o celular de volta, fiquei aterrorizada quando vi que tinham 48 transações de R$100 feitas no meu cartão por uma tal de ’99 Tecnologia Ltda’. O desespero é enorme, porque claramente eu não fiz uma compra dessa”, falou ao ContilNet.

Segundo ela, o prejuízo só não foi maior porque não tinha mais saldo suficiente. “Quando eu vejo, aparece ‘sua compra não foi autorizada por falta de saldo’. Mas eu fiquei pensando: ‘que compra se eu não fiz nenhuma? Quando eu vi o valor, quase caí para trás porque eu não fiz isso, é claro que não fiz isso”.

Danna Anute é servidora pública e ficou sabendo das 48 transações no cartão de crédito na academia. Foto: Arquivo pessoal.

“NÃO TENHO COMO PAGAR ISSO”

Desesperada, Anute ligou para o Banco do Brasil para saber como estornar o valor. De acordo com ela, o atendente fez uma linha do tempo mostrando onde o cartão dela foi usado. Com isto, e ciente de que não tinha o cartão cadastrado em nenhuma plataforma, ela contestou e aguarda ansiosamente o resultado, visto que não vai pagar um prejuízo que não foi de responsabilidade dela.

“Já fiz o pedido de contestação, já bloqueei o cartão e vou acompanhar o resultado dela. E eu estou muito ansiosa porque se isso não der certo, esse valor vai cair na minha próxima fatura e eu não tenho como pagar isso”, disse.

Ciente de que pode ter sido vítima de um golpe, registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) contra a 99 Tecnologia Ltda., tida como a empresa que, supostamente, fez as transações. No relato feito pela servidora no B.O, ela conta que não sabe como a empresa teve acesso aos dados dela, e que também não tem conta na plataforma.

“Fui orientada por um amigo meu de fazer minha reclamação no Procon, primeiro porque eu nem conta nesse aplicativo eu tenho, segundo porque pegaram meus dados para fazer compras nesse valor que, obviamente, não faz sentido. A gente vive pisando em ovos, porque eu não sei se eu ainda estou segura depois dessa com meus dados vulneráveis assim”, complementou.

A servidora registrou B.O assim que soube das transações indevidas. Foto: Arquivo pessoal.

RECLAME AQUI

Somente no site Reclame Aqui, local onde os consumidores explanam as mais diversas reclamações sobre empresas no Brasil, 30 pessoas dos mais diversos locais do Brasil usaram a plataforma nas últimas 24h para cobrar explicações a respeito desta prática.

Uma vítima de Ouro Branco (MG) comentou que fizeram uma cobrança de R$1.160. “Passaram em poucos valores até zerarem o limite”, falou.

Clientes usaram a plataforma Reclame Aqui para expor o problema em torno das cobranças nos cartões de crédito. Foto: Reprodução/Reclame Aqui.

Anute complementou ainda que chegou a ligar para a central da empresa, mas não obteve nenhuma resposta até o momento. “É de ficar indignada, sinceramente. Pensei até em entrar com um processo por danos morais”. Apesar das várias reclamações, a empresa ainda não se manifestou sobre o caso.

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