O controle sobre o orçamento secreto é o pano de fundo da disputa entre o Palácio do Planalto e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que trava há três meses a indicação do ex-advogado-geral da União André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF). No ano passado, quando presidia o Senado e tinha o controle da fatia dessas verbas reservada para a Casa, Alcolumbre enviou ao menos R$ 320 milhões para o Amapá. O estado do senador foi a unidade da federação com maior repasse proporcional das verbas oriundas das emendas de relator, um sistema criado pelo Congresso, com apoio do governo Bolsonaro, que dificulta a fiscalização dos recursos federais.
Saiba como a verba milionária foi distribuída e mais detalhes por que Alcolumbre tem resistido a pressões do governo, de aliados e de evangélicos que apoiam o nome de Mendonça para a Corte, em reportagem exclusiva para assinantes.