O secretário de Estado de Agricultura e Pecuária do Governo do Acre, Nenê Junqueira, engrossou o pelotão de críticos dos deputados Leo de Brito (federal) e Daniel Zen (estadual), ambos do PT, por comemorarem a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), através da ministra Rosa Weber, de proibir as chamadas emendas de relator do Orçamento geral da União (OGU).
A ministra acatou representação de parlamentares de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro sob o argumento de que as emendas de relator – no caso, o senador pelo Acre Márcio Bittar – representam uma espécie de orçamento paralelo ou secreto com o qual governo federal estaria comprando apoio no Congresso Nacional.
Leo de Brito e Daniel Zen chegaram a fazer postagem em redes sociais comemorando a posição da ministra, enquanto Márcio Bittar alerta que, a ser mantida a decisão de Rosa Weber pelo plenário do STF, o Acre pode vir a perder até R$ 1 bilhão em emendas. O dinheiro seria utilizado nas obras planejadas pelo Governo Gladson Cameli.
A posição dos parlamentares petistas mereceu o repúdio do secretário Neném Junqueira. Ele disse: “A que ponto chegamos! Dois parlamentares do PT estão comemorando a possibilidade do Acre perder 1 Bilhão em emendas, sendo que esses recursos são para ajudar no desenvolvimento do nosso estado”.
De acordo com o secretário, é com tais recursos que a Secretaria de Produção e Agronegócio pode ajudar ainda mais o pequeno produtor. “Engraçado que essa turma que hoje comemora essa possibilidade da perda de emendas para nosso Estado, são justamente as pessoas que ajudaram a atrasá-lo por 20 anos”, apontou, em referência às cinco administrações seguidas de governos da Frente Popular do Acre (FPA), encabeçada pelo PT e que governo o estado de 1999 a 2019.
“É bom lembrar que senador Marcio Bittar fez em 3 anos o que eles não fizeram em 20 anos”, afirmou Junqueira. “Sinceramente, ser contra recursos para nosso estado é ser contra os acreanos”, acrescentou.