18 de abril de 2024

Rio Branco antiga: Mercado Velho antes da revitalização

Construído no final da década de 1920, no governo de Hugo Carneiro, o Mercado Municipal foi um marco na história da urbanização de Rio Branco. Edificado na margem esquerda do rio Acre, na Avenida Epaminondas Jácome, o mercado foi inaugurado no dia 15 de junho de 1929. Com dois Módulos em Arquitetura Moderna, o primeiro com os Boxes dos Açougueiros, e uma área contígua onde ficavam os Padeiros com os suas Cestas Grandes de Timbó; e o segundo denominado Mercado da Estiva, onde enfileiravam-se nas laterais umas quarenta Bancas bem sortidas de cereais, enlatados e fardos de jabá, com destaque para a Banca do João Oliveira.

Na frente do Mercado dos Açougueiros surgiu uma feira livre com vários “marreteiros”, que comercializavam verduras, frutas, macaxeira, patos e galinhas caipiras. Um emaranhado de Bancas foi surgindo, dentre às quais as que vendiam tapiocas, café pingado, mingaus, pão com manteiga, bolos de macaxeira, com destaque para o saborosíssimo pé-de-moleque. Destaque para o Restaurante Barriga Cheia, de fundo pro rio.

Na frente do Mercado da Estiva surgiram às pensões; e os Bares de fundo pro rio.
Contíguas às Barracas dos produtos hortifrutigranjeiros foram surgindo às Mercearias, de fundo pro rio, as Boutiques e as Sapatarias, por onde os transeuntes se espremiam num apertado corredor.
Contíguas à parte inicial da Praça da Bandeira foram surgindo Lojas maiores como o Armarinho Badate e a Casa Gringo. De frente pra calçada da Rua Epaminondas Jácome surgiram várias Lojinhas, desde Sorveteria à Lojinha de Fotografia do famoso Fotógrafo Américo de Melo, e a famosa Banca de guloseimas da Biluca. Por trás dessas Bancas se instalaram o Bazar Chefe e a Lojinha de Rendas da Dona Sílvia.

Para completar o emaranhado, surgiu o Remanso, por onde transitavam os amantes da boa cachaça, com destaque para a cocal e a Katira. Dentre os frequentadores ilustres sobressaem-se o Boró, o Basílio e o Mossoró.

Pela área do chamado Mercado Velho transitavam personagens populares como o Cachimbo, o Empina Jó, o estivador Basílio, e tantos outros que a história da cidade de Rio Branco não guarda registros.
Depois de um incêndio de grandes proporções o conglomerado do Mercado Velho foi revitalizado no governo de Jorge Viana, passando a chamar-se Centro Histórico do Novo Mercado Velho.
Um novo Mercado Público foi construído pelo governo de Jorge Viana, no bairro Cadeia Velha, denominado Elias Mansour.

Fonte: Página Memórias do Acre

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