De acordo com o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) projetou uma nova alta para a inflação deste ano, passando de 8,4% para 9,1%.
Desta forma, o salário mínimo de 2022 que estava previsto em R$ 1.192, pode chegar a R$ 1.200. Com essa projeção, o Governo Federal atinge o quarto levantamento de estimativas para o piso nacional do próximo ano.
Cabe salientar que o reajuste do salário mínimo não diz respeito apenas a correção da remuneração dos trabalhadores, mas também a definição dos valores de benefícios governamentais, como o seguro desemprego, abono salarial PIS/Pasep e, inclusive, os auxílios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os aposentados e pensionistas do INSS não podem receber uma mensalidade inferior ao piso nacional em vigência. Logo, quando o salário mínimo é alterado, o valor dos benefícios do órgão também deve ser reajustado.
O maior reajuste desde 2016
O salário mínimo era reajustado nos anos de 2011 a 2019 pelo INPC e pelo PIB (Produto Interno Bruto). A metodologia permitia que a quantia recebesse ganhos reais, acima da inflação.
No entanto, desde o início do governo Bolsonaro essa prática mudou. Agora, o piso nacional é definido apenas pelos índices de Inflação, garantido somente o poder de compra por parte dos trabalhadores.
Conforme a nova projeção para a inflação deste ano, o salário mínimo de 2022 será o maior desde 2016. Confira o reajuste do piso nacional desde então:
- Salário mínimo de 2016: R$ 880 (Reajuste de 11,6%);
- Salário mínimo de 2017: R$ 937 (Reajuste de 6,48%);
- Salário mínimo de 2018: R$ 954 (Reajuste de 1,8%);
- Salário mínimo de 2019: R$ 998 (Reajuste de 4,6%);
- Salário mínimo de 2020: R$ 1.045 (Reajuste de 4,7%);
- Salário mínimo de 2021: R$ 1.100 (Reajuste de 5,2%);
- Salário mínimo previsto para 2022: R$ 1.200 (Reajuste de 9,1%).