Síndrome mão-pé-boca: saúde alerta para vigilância da doença nos municípios

O governo do Acre, através da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), enviou para os municípios um informe técnico alertando as gestões para que aumente a vigilância da síndrome mão-pé-boca. Além do informe, enviado nesta quinta-feira, 25, a Sesacre também enviou um formulário padrão de notificação.

A síndrome, que já foi detectada nos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Xapuri, Plácido de Castro e Porto Acre, não é uma doença de notificação compulsória, ou seja, as cidades não são obrigadas a notificar os casos, mas há orientação para o monitoramento dos casos para auxiliar em políticas de medidas de prevenção e controle, uma vez que é uma doença com fácil transmissão. Cidades em outros estados como Campinas (SP) e Campo Grande (MS) também registraram surtos da doença.

De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, quando diagnosticados três ou mais casos dentro da mesma localidade, serão classificados como surto. A Sesacre recomenda que as Secretarias Municipais de Saúde adotem medidas, tais como: informar a Sesacre sobre os casos registrados; Divulgar em veículos de comunicação sobre a prevenção e controle da síndrome; fazer atividades de educação em saúde; fazer busca ativa dos pacientes.

A doença

A síndrome mão-pé-boca ou síndrome Coxsakie é uma infecção viral contagiosa, muito comum em crianças menores de 5 anos, que causa sintomas como: febre alta nos dias que antecedem o surgimento de lesões; aparecimento de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas na boca, amígdalas e faringe; erupção de pequenas bolhas em geral nas mãos e pés, mal-estar; falta de apetite; vômitos e diarreia; por causa da dor, surgem dificuldades para engolir e muita salivação.

A doença mão-pé-boca é uma enfermidade altamente contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos Enterovírus. Adolescentes e adultos também podem contrair a doença, mas a maioria não desenvolve sintomas e podem ser transmissores assintomáticos do vírus. 

Transmissão

A transmissão é feita pela via oral ou fecal, através do contato direto com secreções de via respiratória, feridas que se formam nas mãos e pés e pelo contato com as fezes de pessoas infectadas ou através de alimentos e de objetos contaminados. O maior risco de contágio ocorre durante a primeira semana de doença.

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado nos sintomas e localização das lesões. Em alguns casos, os exames de fezes e sorologia podem auxiliar a identificação do tipo de vírus que está causando a infecção. Em caso de suspeita de síndrome mão-pé-boca, a criança deve ser conduzida a uma unidade básica de saúde ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber o diagnóstico e tratamento.

Medidas sanitárias

– Lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro;

– É recomendado evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraços e beijos);

– Manter um nível adequado de higienização da casa;

– Não compartilhar utensílios, brinquedos e outros objetos;

– Afastar as pessoas doentes da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas (geralmente de 5 a 7 dias após o início dos sintomas);

– Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos

doentes com água e sabão e, após desinfetar com solução de água sanitária pura.

– Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em lata de lixo fechadas.

– Afastar a criança acometida, das atividades educacionais até o desaparecimento dos sintomas;

– Todo caso suspeito da síndrome mão-pé-boca deve ser encaminhado ao serviço de saúde;

– Realizar ações de educação em saúde com informações para crianças e colaboradores da escola/creche;

– Disponibilizar sabão líquido e papel toalha nas pias onde serão realizadas a higienização das mãos das crianças e colaboradores e álcool em gel a 70% em locais que não possuam pia;

– Lavar as mãos com frequência;

– Manter o ambiente escolar sempre bem arejado;

– Limpeza das superfícies (Mesas, cadeiras, bancadas, brinquedos, maçanetas, bebedouros e etc.);

– Comunicar a vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde sobre possíveis casos suspeitos.

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