O governo pediu autorização do Congresso para a abertura de um crédito especial no valor de R$ 2,8 bilhões para que o Ministério da Cidadania possa pagar duas parcelas de auxílio emergencial para pais solteiros. A expectativa da pasta é beneficiar 1,283 milhão de famílias de homens monoparentais, ou seja, que são chefiadas apenas por uma pessoa, no caso, homens.
A medida é necessária para que o governo possa atender a uma determinação do próprio Congresso, que derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro, de julho do ano passado, que previa o pagamento de auxílio em dobro (cinco parcelas de R$ 1.200) para homens e mulheres chefes de famílias monoparentais (que só têm a mãe ou o pai).
Bolsonaro havia vetado o pagamento em dobro para pais e decidiu conceder o benefício apenas a famílias monoparentais de mulheres.
O Ministério da Cidadania ainda não confirmou o valor exato das parcelas. Mas o homem solteiro e chefe de família que recebeu cinco parcelas de R$ 600 em 2020 deveria ter recebido cinco parcelas de R$ 1.200. Somando a diferença nas parcelas, o valor total fica em R$ 3.000.
O veto derrubado no Congresso alterou somente a regra das cinco primeiras parcelas do auxílio emergencial. Não foram modificadas a lei do auxílio extensão (que deu até quatro parcelas de R$ 300 ainda em 2020) nem a lei que recriou o auxílio emergencial em 2021.