18 de abril de 2024

Afinal, o Brasil traiu israel por omissão na ONU?

Não acredito, fomos traídos! Bolsonaro não cumpriu sua promessa! Essa tem sido a frase mais comum nos últimos dias, quando o assunto é a votação da resolução dos Diretos Humanos da ONU. Anteriormente, o Brasil sinalizou o reconhecimento da política israelense e chegou a afirmar que mudaria a embaixada do Brasil para Jerusalém. Não aconteceu. Subtende-se que seu apoio a Israel seria absoluto. Parece que não. O motivo? Tenho uma hipótese.

Não buscando culpados, mas parece que temos uma crise de Chanceler. O Brasil teve papel importante na votação da ONU que aprovou a partilha da Palestina em 1947. A sessão foi presidida pelo ex-ministro das Relações Exteriores, Oswaldo Aranha. O chanceler brasileiro presidiu, adiou por três dias e ainda deu o voto final favorável à criação do Estado de Israel.

A mudança do chanceler Ernesto Araújo, para o atual Carlos Alberto Franco França pôs o Brasil em posição de abstenção na votação. No momento de comemoração de setenta anos da criação do Estado de Israel, o Brasil em vez de se demonstrar favorável, se omite. Isso tem deixado muitos com as barbas de molho.

O que significa esse apertar de mãos e em seguida virar as costas? Recentemente o presidente Bolsonaro participou do encontro da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Com as novas parcerias comerciais, o Bahrein se torna, atrás da Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes, no quarto destino das exportações do Brasil para o Oriente Médio. São mais de 2 bilhões em negócios entre os países.

Penso que existe aí uma relação de interesses. Parafraseando o mestre de Israel, não se deve servir a dois senhores, podendo agradar a um e aborrecer a outro. Quem sabe o presidente esteja seguindo a máxima política de Jonh Foster Dulles, um político americano e ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, que declarou que “Não há países amigos, mas interesses comuns”.

O presidente Bolsonaro não mudou a embaixada do Brasil para Jerusalém, mas inaugurou uma em Bahrein. Alguns o acusam de estar, em vez de servindo a Deus, agradando a Mamom, o deus das riquezas. Isso, pelo fato de ele estar priorizando as relações comerciais com o Oriente Médio, em vez de cultivar a boa relação com Israel.

Exageros à parte, sabemos da importância dessa votação na ONU sobre a questão Israel e Palestina. Israel tem sido acusado de violação dos direitos humanos, apartheid e racismo étnico. Tem sido massacrado pela mídia anti-Israel de promover massacre e genocídio. No entanto, não houve nenhuma resolução contra a organização terrorista Hamas, que recentemente lançou mais de 4000 mísseis contra civis israelenses e mantém seu quartel general em meio a escolas, hospitais e civis. Israel se defende dos ataques, além de manter programas sociais, também o cuidado na preservação de civis palestinos nos contra-ataques que realiza contra os terroristas na região.

Diante desse vexame de abstenção, a votação contra Israel teve como resultado 24 votos a favor, 9 contra e 14 abstenções. Os países que rejeitaram a investigação foram a Alemanha, Áustria e Reino Unido. O Brasil, a França, a Itália, entre outros, decidiram se abster. Numa importante decisão como essas, não dá para agir como Pilatos. Não dá para “lavar as mãos”.

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