Alinhado nacionalmente a Lula, Solidariedade do Acre vai liberar militância para voto presidencial, afirma Moisés Diniz

Conjuntura nacional

Nacionalmente, o Solidariedade está cada vez mais perto da chapa presidencial do ex-presidente Lula (PT). O movimento de aproximação é encabeçado pelo presidente da sigla, Paulinho da Força, que é deputado federal por São Paulo, e por caciques petistas do mesmo estado.

“Lula presidente”

A possibilidade de aliança entre os partidos é tão grande que na semana passada, no Twitter, Paulinho da Força compartilhou uma foto do petista, que participava do 9º Congresso da Força Sindical, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, e escreveu: “Uma imagem vale mais do que mil palavras: Lula presidente!”

Ex-adversário

O curioso dessa aliança é que Paulinho da Força é ex-adversário de Lula. Em 2016, na época do impeachment de Dilma Rousseff (PT), o deputado aproveitou uma ocasião na Câmara para cantar: “Dilma vá embora, que o Brasil não quer você”.

Alckmin

Outro ponto de convergência entre as legendas é que a sigla foi oferecida a outro ex-adversário de Lula, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para que ele seja o vice de Lula pelo partido. Alckmin tem mantido conversas também com o PSD e com PSB para decidir pela filiação. O mais provável é que o ex-governador vá para o PSB, mas diante das pressões e exigências que os socialistas tem feito sobre o PT, o Solidariedade entrou na briga pela filiação do ex-chefe do Executivo paulista.

Voto para presidente

No Acre, a legenda, que é presidida pelo secretário adjunto de Educação, Moisés Diniz, vai liberar sua militância para o voto presidencial. Isso porque o partido é da base do governador Gladson Cameli (PP), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Eleição presidencial não será nossa prioridade. Vamos liberar a militância do SD em relação ao voto para presidente. O eleitorado do Acre não interfere nos resultados da eleição”, contou à coluna.

Acre

Se nacionalmente a tendência da sigla é marchar junto ao PT, localmente o partido não deve passar nem perto do palanque petista ou de qualquer outro que não seja o de Gladson. De acordo com Diniz, o partido recebeu autonomia da direção nacional para decidir como se coligar localmente, ou seja, de permanecer no palanque do atual governador e candidato à reeleição.

Prioridade

À coluna, o ex-deputado federal Moisés Diniz disse que a prioridade da direção nacional do Solidariedade é eleger pelo menos um deputado federal pelo Acre. Na visão do presidente regional da legenda, “em uma aliança com o PT, essa possibilidade [de eleger um deputado federal] seria aniquilada”.

Afinidade

Outra questão que distancia o Solidariedade do PT no Acre é a afinidade política. “Nossos pré-candidatos têm vinculação política com Gladson Cameli e Marcio Bittar (PSL). Não aceitariam essa aliança. As chapas seriam esvaziadas”, argumentou.

Escadinha

Em uma hipotética obrigação do Solidariedade se coligar ao PT localmente, Diniz diz que o partido serviria apenas de escada. “Só nos restaria, com as chapas esfaceladas, nos tornar ‘escadinha’ para os deputados com mandato – estaduais e federais – da FPA”.

Respeito

O secretário de Gladson garantiu, porém, que os aliados nacionais do Solidariedade serão tratados com respeito. “Respeitaremos a decisão e trataremos os aliados nacionais do SD com urbanidade, mas, não vamos mexer no que está dando certo. Não vamos apoiar candidato presidencial de nenhuma sigla que faça oposição a Gladson Cameli. O Solidariedade é um partido democrático, que não verticaliza decisões que venham a destruir a construção interna e de alianças nos Estados”, falou à coluna.

Interesse

Para Diniz, o interesse do PT em ter Alckmin como vice de Lula não é apenas pelos votos que o Solidariedade pode dar. “Lula e o PT não estão interessados apenas nos votos do SD. Eles querem os votos de São Paulo, do Alckmin”, concluiu.

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