Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) e o irmão Cid Gomes (PDT), senador pelo Ceará, são alvo de operação da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (15/12). Batizada de Colosseum, a ação investiga fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos envolvidos na licitação das obras no estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre 2010 e 2013.
Estima-se que R$ 11 milhões tenham sido pagos diretamente em dinheiro ou disfarçados de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.
Ao todo, 80 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, em Fortaleza (CE), Meruoca (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA). As buscas têm como objetivo apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.
As investigações tiveram início em 2017, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propina para que uma empresa fosse beneficiada no processo licitatório da Arena Castelão.
O grupo teria, ainda, posteriormente – na fase de execução contratual –, recebido valores devidos pelo governo do Ceará ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do estádio.
Outro lado
Em uma rede social, Ciro Gomes disse não ter dúvida “de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar”.
“Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionado com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou”, assegurou o pré-candidato a presidente.
Veja a manifestação dele na íntegra:
Até esta manhã, eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático.
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021
O pretexto era de recolher supostas provas de um suposto esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão para a Copa do Mundo de 2014.
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021
Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou.
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021
Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pre-candidatura à presidência da republica. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018.
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021
Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar e deter as denúncias que faço todo dia contra esse governo que está dilapidando nosso patrimônio público com esquemas de corrupção de escala inédita.
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021
Sou um homem do embate, do combate e do Direito. Essa história não ficará assim. Vou até as últimas consequências legais para processar aqueles que tentam me atacar. ⁰Meus inimigos nunca me intimidaram e nunca me intimidarão.
NINGUÉM VAI CALAR A MINHA VOZ
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021