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Comitiva acreana vai ao Pará para conhecer cadeia produtiva do açaí que pode ser implementada no AC

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

Jenilson aproveitou para reforçar a necessidade de investir no setor produtivo no Acre que tem casos de sucesso, mas precisa de um olhar mais atencioso do poder público. Foto: ContilNet

Uma comitiva de deputados cinco deputados, com participação de prefeitos e vereadores de municípios acreanos, técnicos agrícolas e secretários de estado e municipais, estará indo nesta quarta-feira (1) para uma agenda no Pará, onde farão visitas à cadeia produtiva do açaí.

Segundo o integrante da comitiva, o deputado Jenilson Leite (PSB), que é autor do projeto que criou o selo de qualidade do açaí no Acre e defende, por meio de projeto de lei apresentado na Aleac, um programa de incentivo ao cultivo da matéria-prima abundante no estado, a ida ao Pará, possibilitará conhecer de perto uma cadeia produtiva e absorver a experiência que pode ser implementada no Acre.

“Vamos conhecer toda a cadeia produtiva do açaí, passando pelas indústrias, a experiência do Embrapa, e vamos ter uma conversa com o Banco da Amazônia, principal financiador desta atividade no estado. É uma agenda de trabalho que trata a possibilidade de implantação de um programa que gerará expectativa de trabalho e renda”, explicou.

O deputado destacou a movimentação econômica e os empregos gerados pelo cultivo da fruta que é altamente consumida não apenas in natura, como costumeiramente no Acre, mas também por grandes industrias alimentícias e até de cosméticos. “Hoje o açaí movimento mais de R$ 5 milhões anualmente e mais de 300 indústrias, porque eles ousaram sair do açaí apenas extrativista e passaram a acreditar no potencial do açaí de cultivo. Hoje 90% do açaí do Pará é de cultivo e aqui no Acre, 98% do açaí que se produz ainda é extrativista.

O parlamentar tem demonstrado ao longo do mandato sua preocupação com a dependências que o acreanos têm do Estado. “A participação do setor agrícola no PIB acreano é muito baixo, dependemos majoritariamente do serviço público, 40% de tudo que se produz no Acre advém do serviço público, a agricultura, a pecuária contribui aí com 12%, é muito pouco para um estado que tem uma população de 900 mil habitantes, com prefeituras sendo pressionadas pelo tribunal de contas, o Estado com suas margens estouradas”, refletiu.

Para Jenilson, o cultivo do açaí é uma saída para a economia no Acre, principalmente levando em consideração que já é um produto amplamente consumido e tradicional, podendo ser potencializado se houver incentivo. “A produção ainda é baixa, não tem escala e precisamos ter grandes áreas cultivadas com esse produto para que dali a gente tire renda e gere a construção de industrias no nosso estado. Já temos uma festa tradicional, que é a de Feijó, que já celebra esse produto tão consumido, mas que precisa ser transformado em agrícola”.

Jenilson aproveitou para reforçar a necessidade de investir no setor produtivo no Acre que tem casos de sucesso, mas precisa de um olhar mais atencioso do poder público.

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