19 de abril de 2024

Estado e Prefeitura não concordam com passaporte vacinal e povão fica no meio deste fogo cruzado

As divergências entre poderes têm causado muitas dificuldades à população de entender o que é certo, o que é errado, o que deve cumprir, o que não deve, nas questões que envolvem os cuidados com a pandemia. O que está acontecendo em Porto Velho, por exemplo, é sintomático e resume essa situação. Nesta semana, o prefeito Hildon Chaves publicou decreto proibindo o ingresso, nos prédios municipais, de qualquer pessoa que não possa comprovar vacinação. Ou seja, implantou oficialmente o passaporte vacinal dentro da estrutura municipal, incluindo o Prédio do Relógio, onde está o gabinete do Prefeito.

Dias depois, a Assembleia Legislativa aprovou, por ampla maioria, dois projetos que vão diametralmente contra essa decisão de Hildon. Não só determinou que a vacinação não pode ser obrigatória, como que quem não se vacina não pode receber punições. O outro, proíbe terminantemente a exigência do passaporte da vacina. Ainda esta semana, o presidente Bolsonaro, num discurso, elogiou a decisão de Rondônia e instou o governador Marcos Rocha a sancionar as duas leis. Poucas horas depois, Rocha postava nas redes sociais uma gravação em que confirmava que já havia sancionado as duas leis e que elas representam !o direito de liberdade dos cidadãos de Rondônia”. Na sexta-feira, ainda, o Tribunal de Justiça anunciou que vai cumprir a determinação da lei estadual. Contudo, na tréplica, o prefeito Hildon Chaves reafirmou sua decisão de impedir a entrada, em prédios da Prefeitura, de quem  não comprove vacinação.

Desde que o STF interveio no assunto, com a norma de que as decisões acerca da Covid deveriam ser definidas pelos três núcleos de poder (Governo Federal, governos estaduais e Prefeituras), a questão virou uma bagunça. A União toma decisões que são ignoradas na maioria dos Estados e municípios. Restou ao governo central apenas mandar dinheiro, porque, no mais, apita quase nada. As intervenções do STF, aliás, como quarto poder político do país, criaram muito mais confusões do que ajudaram, embora se tenha que reconhecer que, eventualmente, decisões do Supremo são positivas.

Em várias regiões do país pairam mais dúvidas do que certezas, quando se trata da proteção coletiva contra a Covid. Aqui em Rondônia, o rondoniense comum, aquele que não se mete em política, que não tem tempo para saber que  está certo e quem está errado, que precisa ir aos órgãos públicos para resolver problemas, esse não sabe como agir. Vai andar com o passaporte para comprovar que se vacinou? Ou seguirá a decisão do governo do Estado, que lhe garante o direito de ignorar tal documento? E as empresas privadas, poderão até demitir quem não quer se vacinar ou vai seguir a proibição estadual que as proíbe de agir desta forma. Enquanto os poderes não se entendem, a população fica no meio fogo cruzado, sem saber o que fazer. É o Brasil, onde todos mandam e o povão que vá se queixar ao bispo!

MARCOS ROGÉRIO PRONTO PARA ASSUMIR O PL. COMO FICARÁ O GRUPO QUE APOIA O EX-GOVERNADOR CASSOL?

Por falar em PL, o senador Marcos Rogério deve assumir o comando da sigla no Estado, nos próximos dias. O martelo pode ser batido ainda nesta terça-feira, quando o atual presidente do diretório regional, o ex-deputado Luiz Cláudio, terá encontro, em Brasília, com seu amigo pessoal, o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto. Nada ainda é definitivo, mas o caminho está sendo trilhado na direção de que Marcos Rogério assuma o comando da sigla, que agora tem como principal figura o presidente Jair Bolsonaro e que ele, senador, se lance candidato ao governo de Rondônia. Conversas de bastidores indicavam, dias atrás, que Marcos Rogério poderia ser indicado por seu parceiro Bolsonaro para o Tribunal de Contas da União. Até dias atrás, Rogério não havia desmentido os comentários, mas, nesta semana passada, ele comentou que a nomeação para uma vaga vitalícia no TCU, era “apenas Fake News”. O PL rondoniense, agora, fica numa situação complexa. Com Marcos Rogério no poder, o grupo de Ivo Cassol perde espaço, já que Luiz Cláudio é ligadíssimo ao ex-governador e fecha com ele em qualquer circunstância, caso o Homem do Chapéu seja candidato ao Governo.  Nos próximos dias, tem novidades…

OLHOS EM 2022: GRUPO PALACIANO CERCADO POR OTIMISMO SOBRE A ELEIÇÃO

Enquanto isso, nesta reta final de 2021, ano que antecede a disputa pelo Governo, Marcos Rocha não para. O governador rondoniense nunca viajou tanto para todas as regiões do Estado, anunciando investimentos, acompanhando obras, acompanhando pessoalmente muitas delas. O comandante do Estado anda cheio de sorrisos, nestes últimos dias. Tem entregue obras Rondônia afora e anunciado outros grandes pacotes em praticamente todas as regiões. Nesta semana, lançou o programa Tchau Poeira na Capital, anunciou a liberação de recursos que podem superar 100 milhões de reais para a cidade e, na sexta-feira, acompanhou o início dos trabalhos de recapeamento de uma das principais avenidas de Porto Velho, bancada pelo programa da sua administração. Rocha termina o ano em alta. Os cofres do Estado estão cheios, os níveis de investimento cresceram muito mais; há paz entre os poderes; há paz com o empresariado, depois da aprovação do Refaz, o refinanciamento de débitos, que beneficiou principalmente a área do comércio. Há um grande otimismo rondando as bandas do Palácio Rio Madeira/CPA, em relação às urnas, no ano que vem.

Leia mais no blog OPINIÃO DE PRIMEIRA.

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