Seis dos nove envolvidos na morte da jovem Késia Nascimento, de 14 anos, esquartejada a mando do chamado tribunal do crime, serão levados a julgamento nesta segunda-feira (13) no Tribunal do Júri Popular da Comarca de Rio Branco. No banco de réus, num julgamento que deve durar até a tarde de amanhã, terça-feira, estarão quatro homens e duas mulheres.
Os réus masculinos são: Thalysson Jesus da Silva, o “Tenebroso”, Moisés Inácio da Silva, o “Sangue Bom”, João Vitor da Cunha Pereira, o “Cirilo”, José Natanael Aquino Duarte, o “Magrin”, e as do sexo feminino são Ana Lúcia Barros de Oliveira e Camila Cristine de Souza Freitas, a “Riana”. Outras duas mulheres, Rita Rocha do Nascimento e Vera Lúcia Marques, ambas moradoras de São Paulo e com idades de 52 e 50 anos, respectivamente, também serão julgadas pelo mesmo caso em data ainda a ser marcada, pela justiça paulista, já que os processos foram desmembrados.
As duas mulheres de São Paulo devem ser julgadas como mandantes do crime, já que elas seriam justiceiras a serviço do PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa que age em São Paulo, as quais teriam recebido imagens da execução da adolescente em tempo real, através de vídeos chamadas por aplicativo de celular. Uma terceira mulher envolvida no caso continua foragida e deverá ser julgada à revelia.
Késia Nascimento foi sequestrada na rua de sua casa, no bairro Calafate, em 28 de janeiro deste ano. Levada para o bairro taquari, ela foi mantida em cárcere privado enquanto os faccionados aguardavam as decisões das mulheres de São Paulo. A ordem inda de São Paulo foi de condenação e Késia então foi morta, esquartejada e as partes seccionadas de seu corpo teriam sido jogadas no rio Acre, cujos restos mortais jamais foram encontrados.