A luta pelo fim da violência contra às mulheres é de competência de toda a sociedade. Visando conscientizar a respeito disto, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) em parceria com o Governo do Estado do Acre e outras instituições organizam nesta segunda-feira (06), uma campanha no Terminal Urbano às 16h em prol de levar à sociedade, principalmente aos homens, que eles podem ser peças-chave nesta iniciativa.
Segundo a diretora de Direitos Humanos da Prefeitura Municipal de Rio Branco, Rila Freze, a secretaria está desenvolvendo diversas ações durante os 16 dias de ativismo. Nestas, incluem-se pit stops – que são paradas nos sinais de trânsito para panfletagem – palestras, caminhadas e visitas aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
“A SASDH tem desenvolvido diversas ações não só nos 16 dias de ativismo, mas desde o dia em que chegamos na gestão. Temos buscado aumentar nosso trabalho em relação às políticas públicas de violência contra a mulher a fim de conscientizar as pessoas e quebrar essa ‘cultura’ de violência que temos no estado”, falou.
A campanha de 16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra à Mulher começou no dia 25 de novembro, que é o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Freze comentou ainda que a ideia principal é resgatar as mulheres acometidas pela violência e capacitá-las para que elas possam recuperar a vida. Na Casa Rosa Mulher, por exemplo, iniciativas de empreendedorismo são realizadas objetivando torná-las independentes.
“Nosso objetivo é alcançar as crianças também para que a cultura da não violência seja trabalhada nelas desde à infância”, comentou.
A DATA
No dia 06 de dezembro, celebra-se o Dia Nacional da Mobilização dos Homens pelo fim da Violência contra às Mulheres. Esta data remete a uma chacina que aconteceu nesta mesma data, em 1989. Um rapaz chamado Marc Lépine, de 25 anos, invadiu uma sala de aula em uma Escola Politécnica em Montreal, no Canadá, e ordenou que todos os homens saíssem da sala. Na ocasião, ele atirou nas 14 mulheres à queima-roupa, matando todas. Após o crime, ele se suicidou. Em uma carta deixada pelo assassino, ele disse que jamais aceitaria que mulheres cursassem engenharia, que costuma ser um curso majoritariamente masculino.
No Brasil, a data foi instituída pela Lei nº 11.489/2007 através da Campanha do Laço Branco, que foi adotado como símbolo e lema de jamais cometer um ato violento contra as mulheres, tal como aconteceu em Montreal, de não fechar os olhos frente à violência, e de promover uma mudança cultural para estabelecer relações mais igualitárias, justas e não violentas.