Julianna Peña revela tática para superar Amanda Nunes: “Fogo contra fogo”

Julianna Peña chocou o mundo do MMA no último sábado, no UFC 269, em Las Vegas, quando finalizou Amanda Nunes e conquistou o cinturão peso-galo do Ultimate. Em entrevista ao “The MMA Hour”, a nova campeã refutou as alegações de que Amanda teria desistido da luta antes mesmo do estrangulamento estar encaixado.

– Ela não tinha escolha a não ser bater. As pessoas querem falar que ela desistiu, ela não desistiu, ela estava sendo estrangulada. Ela não teve escolha a não ser bater, eu teria quebrado o pescoço dela. Ela bateu porque ela não tinha escolha.

Apesar de Amanda ter reinado na categoria desde 2016, Peña revela que via uma falha no jogo da brasileira, e que sabia como superá-la aproveitando essa fraqueza.

– Ela é uma lutadora que não lida bem quando está lutando contra a adversidade. Quando ela é a valentona, e está pressionando, ela é ótima. As garotas desistem, elas dobram, mas quando ela está sendo intimidada e sendo pressionada, ela não consegue lidar, e eu sabia que era o caso. Você viu quando ela estava lutando com a Cat Zingano. Cat Zingano a quebrou, e eu acho que no Invicta vi alguém quebrando ela também. Ela teve derrotas. Esses tipos de cenários que eu sabia que ainda existiam nela, e eu só precisava de uma chance para quebrá-la e mostrar sua cabeça ruim, e a única maneira de fazer isso é cansar alguém e fazê-la trabalhar e lutar.

– Eu falei pra todo mundo: a única maneira de lutar contra este tipo de poder de fogo é quando você luta fogo contra fogo, e eu sabia que seria assim. Iria precisar de mais do que uma chance para passar por mim e me derrubar. Eu posso pegar uma oportunidade, como vocês já viram nas minhas lutas anteriores. Eu acho que quando eu estava balançando ela na luta, eu vi minha equipe, vi pela minha visão periférica, e eles estavam dizendo “Vá! Vá! Vá pegá-la!”. Então, quando eu a pressionei nas grades, dei a queda, o estrangulamento veio da mesma forma que eu treinei. As estrelas estavam se alinhando.

Peña admite que acredita ter sido subestimada pela agora ex-campeã, mas revela que não usou isso como combustível para sair com a vitória.

– Eu acho que ela me subestimou, mas não, eu não usei isso como motivação. Eu só sabia quem ela era como lutadora e como seria a luta, e isso foi muito bom para a forma que eu pratiquei e da maneira que eu vinha treinando. Eu não deveria ter ficado surpresa por ter acabado no segundo round, mas no final da história você sempre fica um pouco chocada, tipo, “Cara, acabou?”.

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