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Mau exemplo: Professora é agredida por pai ao saber que filho tinha sido reprovado

Por RONDONIA AO VIVO

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Na tarde da última terça-feira (21), uma professora da escola municipal Profª Eva dos Santos de Oliveira, em Ariquemes, foi agredida verbalmente, com termos pejorativos e xingamentos, por um pai, após ele saber que o filho tinha sido reprovado.

O homem, que supostamente se identificou como advogado e não teve o nome divulgado, foi informado pela profissional de educação que a criança não teria passado de série.

Relatos de testemunhas apontam que o pai gritou ofensas à professora, utilizando palavras grosseiras e de baixo calão, além de ameaças. Não satisfeito, chegou a partir para agressão física, que só foi contida por um companheiro de trabalho da vítima.

O fato deixou a mulher extremamente abalada, ao ponto do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ter de socorrê-la e a Polícia Militar ser acionada.

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Em nota, a prefeita Carla Redano (Patriota) classificou o ato como “de extrema covardia com uma servidora em exercício de suas funções, sem oportunidade de defesa, ao ser coagida e desrespeitada perante os demais colegas de trabalho e pais de estudantes”.

Ainda segundo a publicação da prefeita de Ariquemes, a Secretaria Municipal de Educação, após documento oficial da escola, se reuniu com o presidente da OAB e um membro do conselho de Ética da Ordem.

Estes teriam manifestado indignação junto à secretaria e à escola pelos atos praticados pelo pai, que disse ser advogado. A secretária de Educação, Elenice Piana, ainda divulgou que dará todo o apoio necessário para que as punições cabíveis sejam tomadas em desfavor do agressor.

Sintero

Já na quarta-feira (22), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (Sintero) publicou uma nota de repúdio contra o ato, julgado como “covarde e inadmissível” pela instituição.

Ainda de acordo com o Sintero, “a conduta apresentada pelo pai do aluno deve ser penalizada, pois representa um ato de barbárie contra uma mulher trabalhadora que se dedica com afinco a sua função social. Também é considerado um ataque aos princípios que regem a Educação Brasileira, além da liberdade de ensinar e de avaliar, concedida aos docentes”.

O sindicato ainda divulgou que “reitera seu repúdio e exige que medidas cabíveis sejam tomadas pelos órgãos competentes, a fim de resguardar a segurança e bem-estar de todas as trabalhadoras e trabalhadores em educação que estão em situação vulnerável aos casos de insegurança nas escolas. Também clama por mais respeito, sobretudo às professoras, que pela condição de serem mulheres, acabam sendo os principais alvos de atos machistas e misóginos”.

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