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Pesquisador dos EUA lança livro sobre pecuária no AC e é destaque na Folha de S.Paulo

Por RENATO MENEZES, PARA CONTILNET

Jeffrey Hoelle é professor da Universidade da Califórnia e lançou o livro traduzido para o português. Foto: Reprodução/Altino Machado.

O pesquisador e professor da Universidade da Califórnia Jeffrey Hoelle é destaque no jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (27). O motivo é que ele lançou um livro, intitulado “Caubóis da Floresta: O crescimento da pecuária e a cultura de gado na Amazônia Brasileira”, onde estuda a pecuária no Acre, bem como sobre o porquê de este vetor ter se espalhado tão rapidamente no estado.

O livro, que foi publicado pela Editora da Universidade Federal do Acre (Edufac) e que está disponível de forma on-line, trata-se de uma tradução da obra que foi lançada em 2015, chamada “Rainforest Cowboys: The Rise of Ranching and Cattle Culture in Western Amazonia”.

“Acho muito bom que o leitor possa acessar este livro gratuitamente, disponível na internet, assim me sinto feliz em pensar que as pessoas com quem eu trabalhei poderão acessar o livro, e que o livro também poderá informar não só acadêmicos, mas o Governo, e as ONGs sobre o tema do boi na Amazônia”, diz autor.

“OLHAR TUDO QUE ENVOLVIA O GADO”

Na entrevista concedida à Folha, Hoelle fala que o interesse em estudar a pecuária no Acre vem na motivação em entender como que esta cultura, em um estado onde o bioma amazônico predomina, faz com que tanto a economia como o próprio modo de viver seja afetado.

“Isso significou olhar em tudo que envolvia o gado – carne, churrascos, idealizações de pasto como o belo, as relações entre criação de gado e masculinidade, ideias de desenvolvimento e de progresso, saudade urbana por um rural pastoril”, falou.

Além disto, o professor comentou ainda sobre a mudança de comportamento dos seringueiros que, mesmo entendendo a importância da preservação ambiental e de depender da floresta por meio do extrativismo, acabam tendo um pequeno rebanho para sobreviver economicamente.

“Os seringueiros se depararam com difíceis decisões de tentar lucrar apenas com o extrativismo e de diversificar de alguma forma para tentar ganhar mais dinheiro, e isso poderia ser por meio do gado ou do trabalho assalariado […] e é importante mencionar que, apesar de toda a propaganda que o governo fazia para promover os seringueiros, ser seringueiro não é exatamente um elogio no Acre”, pontuou.

Para conferir a entrevista completa para a Folha de S.Paulo, clique aqui.

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