O cantor Zezé Di Camargo, 59, revela que jamais deixa o fogo da paixão que sente pela modelo e jornalista Graciele Lacerda, 41, se apagar. Em entrevista ao F5, ele conta que costuma sair para namorar com ela de duas a três vezes por semana.
“É dentro do carro, a gente para na rua, faz [sexo] no carro. O perigo de alguém passar… A gente abaixa a cabeça. Vale a pena, tem que viver isso a vida toda. Emoções estão aí para serem vividas”, explica.
Pelo lado profissional, Zezé tem muitos projetos para 2022, dentre eles um disco que já gravou todo dentro de sua fazenda em Araguapaz (GO): “Zezé Di Camargo Rústico”. O álbum, que deverá ser lançado no início do próximo ano, deverá marcar uma turnê do músico sem o irmão Luciano Camargo.
Porém, se engana quem pensa que ambos não farão mais apresentações juntos. “O Luciano assumiu o lado gospel e é muito legal. Ele canta muito bem e é sacanagem ter de fazer segunda voz a vida toda. A marca Zezé Di Camargo e Luciano pertence aos fãs, eles não podem ficar órfãos da gente”, afirma.
No bate-papo com o F5, Zezé ainda abre o jogo sobre a sua relação com a ex-mulher, Zilu, diz o que acha da reabertura dos eventos, fala sobre a possibilidade de haver Carnaval e avalia que, não fosse a pandemia, ele não teria tido tempo de se despedir do pai, Seu Francisco, que morreu no final de 2020 vítima de um enfisema pulmonar.
“Nos últimos quatro meses dele, a última conversa sempre era comigo. Todas as noites, das 21h30 às 22h, eu ficava lá com ele conversando até adormecer.”
Confira abaixo trechos editados da entrevista.
Folha – Como vê a música sertaneja hoje?
Zezé Di Camargo – Há 20 anos, a música sertaneja era o ritmo mais ouvido do país. Desde que surgimos com o projeto Amigos, a música sertaneja nunca deixou de ter o maior público, não só no Centro-Oeste, mas no Nordeste também. Vejo hoje que a música sertaneja está crescendo mais. Trazendo o jovem para curtir. Zezé e Luciano eram chamados de “new sertanejo” antigamente. Essas barreiras que vamos transpondo ao longo dos anos é um frescor.
Folha – O que acha das mulheres no sertanejo?
Zezé Di Camargo – O sertanejo sempre foi muito machista, e quando as mulheres começaram a cantar e falar em linguagem mais direta vimos que é possível. Acho bacana isso. Aprendi muito com as mulheres. Proximidade muito grande eu tive com a Marília [Mendonça]. Não querendo me gabar, mas ela era conhecida entre os amigos como a “Zezé de saia” pela maneira de cantar, pelos boleros. Ela falava que gostava de compor igual a mim.
Folha – O que a Marília te ensinou?
Zezé Di Camargo – Não só ela, mas a Maiara e Maraisa, a Paula Fernandes, Simone e Simaria… Eu tenho um pouco da alma feminina. Sou fã da minha filha [Wanessa], que canta em todos os gêneros, em inglês, e isso me aproximou muito das mulheres no sertanejo. Agora aumentou o número de mulheres no ramo defendendo o lado delas.
Folha – Você gravou recentemente um clipe com Gabi Martins e Tierry. Por que dessa escolha?
Zezé Di Camargo – Eles participaram de um clipe de uma música que se chama “Banalizar”. Eu queria um casal romântico e os convidei. Achei que seria legal contracenarem como atores na música. Ficou lindo o clipe e vamos lançar em janeiro. Acho que é o casal do momento. Não sou bobo nem nada.
Folha – Você acha que o amor foi banalizado?
Zezé Di Camargo – A palavra em si, sim, mas o amor nunca será banalizado. Na música digo que “tem gente que não ama e está falando”. No sentimento, não. Amor sempre será amor.
Folha – Você costuma dizer muito à Graciele Lacerda que a ama?
Zezé Di Camargo – Essa mulher aqui [aponta para ela] é só olhar e esse amor [que sentimos um pelo outro] já está estampado.
Folha – E por falar nisso, como manter a chama da paixão acesa com a Graciele?
Zezé Di Camargo – O amor tem que caminhar com a atração. A chama tem que continuar sendo acesa, aquela coisa do namoro. A gente sai para namorar duas ou três vezes por semana. É dentro do carro, a gente para na rua, faz no carro. O perigo de alguém passar… A gente abaixa a cabeça. Vale a pena, tem que viver isso a vida toda. Emoções estão aí para serem vividas.
Folha – Você ainda tem contato com a Zilu Godoy?
Zezé Di Camargo – São fases da vida, amei muito minha ex-mulher, e hoje sei que o amor não deixa de existir, muda de formas. Continuo amando minha ex-mulher, é a mãe dos meus filhos, jamais vai deixar de existir, mas como mulher amo a Graci.
Folha – Como tem visto a retomada da música após o isolamento causado pela pandemia?
Zezé Di Camargo – É necessário voltar, o mundo não devia ter parado em nenhum momento. Tínhamos que ter tido cuidados, fiscalizar o costume das pessoas, os ambientes, mas não devia ter parado tudo. A economia agora a gente sente. O consumo de gasolina hoje é maior do que a produção no mundo, muita gente deixou de produzir e isso influencia na inflação. Acho que voltando agora temos que tomar cuidado nas aglomerações, na chegada nos ambientes.
Folha – E os shows?
Estou vacinado, tive Covid, faço testes regulares. Tendo cuidados tem como voltar, sim. Nossa profissão, o entretenimento, foi o maior prejudicado. E entretenimento é supérfluo. Tomando cuidados, todo mundo pode trabalhar e não propagar o vírus. Se der para fazer um ambiente com 3.000, 4.000 pessoas e puder fazer teste em todas elas, acho que tudo bem.
Folha – Na sua opinião, o Carnaval deve acontecer?
Zezé Di Camargo – As pessoas vão brigar comigo, mas acho que não tem como ter controle. Um milhão de pessoas na rua. A gente não vai mais fazer shows em Réveillon, por exemplo. Colocar 400 mil pessoas na praça não vale a pena, é correr risco. Na ameaça de chegar uma nova onda, temos que estar preparados. Vírus ninguém sabe como tratar direito. Quem melhor vai vigiar isso são as próprias pessoas, não adianta ter decreto, presidente falando. Ser humano que vai ver e tomar cuidado. Temos que ter consciência.
Folha – Fale dos seus projetos para 2022.
Zezé Di Camargo – Muita coisa, o que mais tem são projetos. Estreamos a minissérie produzida pela Netflix dia 9 sobre a minha vida e chama “É o Amor”. Depois, lancei um disco com a Wanessa no dia 10 que se chama “Pai e Filha”. E vou lançar um projeto individual chamado “Zezé Di Camargo Rústico”, que gravei na minha fazenda. Ainda farei um DVD em março. E o Zezé e o Luciano também nunca param.
Folha – O que tem achado da carreira solo do Luciano?
Zezé Di Camargo – Estamos fazendo menos shows por cautela. O Luciano assumiu o lado gospel e é muito legal. Ele canta muito bem e é sacanagem ter de fazer segunda voz a vida toda. A marca Zezé Di Camargo e Luciano pertence aos fãs, é igual time de futebol que é da torcida. A vida toda os fãs assistiram aos nossos shows, compraram nossos CDs, eles não podem ficar órfãos da gente. Faz bem ter projetos paralelos, eu mesmo quero com o projeto “Rústico” fazer apresentações solo pelo Brasil, assim como com a Wanessa.
Folha – Como foi passar os últimos momentos com seu pai?
Zezé Di Camargo – Se a pandemia trouxe algo bom foi isso, viver os últimos quatro meses da vida do meu pai ao lado dele na fazenda. Ele estava com uma doença que não tinha como resolver, enfisema pulmonar. Tive que melhorar a qualidade de vida dele e uma das coisas foi estar ao lado dele.
Folha – Como se manteve presente?
Zezé Di Camargo – Nos últimos quatro meses dele, a última conversa sempre era comigo. Todas as noites, das 21h30 às 22h, eu ficava lá com ele conversando até adormecer. E não fosse a pandemia, não teria rolado isso. Em fevereiro [de 2020], tínhamos gravado 60 chamadas para shows até junho. Com certeza continuaria aquele rolo compressor na nossa vida e eu não teria estado ao lado dele.